segunda-feira, 7 de julho de 2014

A Importância da Literatura na História

 Reescrita
Por Aluno 5 e Aluno 18


            A Literatura apresenta muitas funções, tais como informar, relatar, entreter. Uma das principais é servir de parâmetro para os períodos da história. Livros como Os Sertões, de Euclides da Cunha; Capitães da Areia, de Jorge Amado, entre muitas outras obras, ajudam estudiosos e leitores a compreender alguns aspectos da sociedade naquela época. Por exemplo, política, pobreza, saneamento, costumes. Isso não se restringe apenas ao passado, pois o presente é também compreendido através da Literatura. Mas será que, de uma maneira geral, a Literatura é vista assim, como um importante documento histórico e com muito a revelar sobre um contexto?
Perguntado sobre o que se pode aprender com a Literatura, Emerson Lopes, 42 anos, formado em Pedagogia, pós-graduado em Gestão Ambiental e Educação, respondeu que “o principal aprendizado, além da leitura em si, está alicerçado na compreensão da cultura local. Os fatos históricos, que muitas vezes são narrados em romances, ajudam a compreender a evolução histórico-social”. Isso significa que a história está intimamente ligada à literatura. As duas caminham lado a lado na compreensão de determinado contexto. Segundo Emerson, ainda, o conceito e o contexto da Literatura são inseparáveis, pois se conceituarmos apenas não há uma compreensão sobre os verdadeiros valores cultural e histórico-cultural que a interpretação dos textos pode oferecer.
O que poderia levar uma pessoa a ver a Literatura como apenas uma disciplina escolar, ou ainda, algo arcaico?
Segundo Emerson, “muitos mestres ensinam a Literatura como se fosse ‘decoreba’ ou a tabuada, com o agravante de que não é possível fazer a lógica de dois mais dois na Literatura (...)”. Alega que conhece pessoas que são capazes de dizer época, estilo literário de cada autor, ou seja, tornam-se verdadeiras bibliotecas ambulantes, conhecendo datas, sinopses e autores, mas não são capazes de contextualizar os pensamentos de tais autores e compreender o verdadeiro sentido libertador e crítico-social que a literatura pode favorecer, o que, no ponto de vista do entrevistado, é o mais importante. Por isso, a principal mudança deve ocorrer na forma de ensiná-la.
Ou seja, além da Literatura poder ser um espelho e ter influência sobre a história, ela é um instrumento de crítica. No entanto, na escola, não há uma análise de como essas obras e os pensamentos de seus autores refletiram/refletem em tal período da sociedade. Dúvidas podem ser esclarecidas através da Literatura, assim como muitas características aparentemente nascidas nas sociedades contemporâneas podem ser analisadas em sociedades antigas. E isso só é possível se ela não for vista como algo isolado, mas como um fato histórico.
Se ensinada de maneira mais acessível aos alunos, não como um instrumento de opressão (com espaço para críticas e discussões, não como uma disciplina distante e que merece ser idolatrada por parte dos alunos sem que eles nem saibam por que), a Literatura pode ser libertadora e esclarecedora.


A realidade social-histórica não só de alunos e professores, mas de qualquer outra pessoa que vive em um dado momento de sua tribo, cidade, país, continente é retratada na Literatura. Portanto, ela pode e deve ser conhecida por todos. E isso deveria ser um direito de qualquer pessoa que sinta vontade de conhecê-la.

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