Reescrita
Por Aluno 21
Hoje
em dia quase todos os estudantes, no Brasil ou no mundo inteiro, precisam saber falar uma outra língua, pelo menos inglês para entrar na universidade e
ler pesquisas acadêmicas que são escritas no idioma mais internacional. Nos países de língua inglesa não parece necessário aprender mais um outro idioma.
Mas como se mostra nesse fragmento de um comentário na internet as chances
para ser aceitado numa universidade boa nos Estados Unidos depende muito da
experiência com outros idiomas:
'Nos Estados
Unidos, para entrar na universidade, os estudantes prestam um exame denominado
SAT. Este exame é exigido principalmente quando se trata das boas
universidades. Trata-se de um exame unificado, ou seja, é o mesmo para todo
país e para todas as universidades.
Como os americanos consideram o inglês universal, muitos não estudam línguas
estrangeiras. Entretanto, a organização que aplica o SAT descobriu já faz muito
tempo que estudantes com domínio de línguas estrangeiras destacam-se tanto dos
outros que eliminam a menor "chance" de um candidato monoglota ser
aceito em uma instituição de ensino de qualidade. Entre todos, e isto é
incrível, sobressaem-se especialmente os estudantes de latim e grego clássico.'
Como
esse exemplo mostra, aprender mais uma outra língua, até uma língua mais antiga, deve desenvolver uma capacidade mais profunda que dá vantagens para
entrar nas universidades boas. Quais são essas vantagens dos estudos do outro
idioma?
Para discutir esta temática eu falei
com Marcia, 46 anos de idade, uma professora da língua alemã que morava na Alemanha por quase vinte anos. Hoje em dia, ela dá aulas particulares de alemão,
pessoalmente ou via Skype, e consegue viver dessa profissão. Então, parece que
o fascínio de aprender línguas estrangeiras continua. Mas, o que incita as
pessoas a se ocupar com mais uma tarefa intelectual além da escola ou dos
estudos?
Ela explica: 'Eu também ensino
alunos que tem cinquenta anos ou mais. Para eles, se meter nesta aventura de
aprender uma língua nova também significa treinar as suas memórias. Além disso,
eles aprendem o modo de vida de um outro país, coisas que mudam o próprio ponto
de vista e ajudam ser mais tolerante com o vis-à-vis a longo prazo. E uma
vantagem que muitas pessoas não conhecem é que o conhecimento de qualquer outra
língua sempre ajuda entender a gramática da língua materna. Nesse exemplo isso
se mostra com os alunos nos Estados Unidos, eu acho. Especialmente com a
aquisição do idioma latim que tem uma gramática bem complexa.'
Mas porque os alunos de Márcia estão
aprendendo outro idioma, nesse caso, alemão?
O Paulo tem 23 anos. O cabelo longo
e preto cai sobre os ombros dele, com a camiseta preta ele parece bem como um
desses jovens que tem só um interesse: música, mais específico música metal.
Mas o Paulo está sentado em frente do computador, falando com a Marcia em
alemão, ainda algumas frases mais básicas como: 'Welche Farbe hat dein Auto?'
(Qual cor tem o seu carro?). Ele começou agora mesmo, três semanas atrás.
Perguntado porque ele não tem qualquer outro passatempo, talvez alguma coisa mais
esportiva como compensação pelos seus estudos, ele responde: 'Eu gosto de
aprender alemão. Eu sempre queria fazer isso. Talvez porque os meus bisavós
viessem da Alemanha.' Esporte não seria uma coisa que o interessa muito. Ele
explica: 'Se tu falas mais uma língua estrangeira, também ajuda muito no
mercado de trabalho'. Faz sentido, mesmo assim, ele estuda direito
internacional.
A campainha está tocando. É a
Fernanda chegando pontualmente para aula de alemão no apartamento da Marcia.
Elas se conheceram através de uma amiga comum em Heidelberg, onde a Marcia estava
estudando. A Fernanda queria fazer uma au-pair na Alemanha e a amiga comum
perguntou para a Marcia, se ela conhecia uma família. Ela conhecia. Então, a
Fernanda chegou na Alemanha, ficou por um meio ano e agora, quatro anos depois,
quer refrescar o conhecimento do alemão dela. Mas porque ela, agora estudando
psicologia e antes da Alemanha já falando inglês perfeitamente, não decidiu ir
para um pais de língua inglesa? É óbvio que teria sido mais fácil, mais confortável, com menos esforço de tempo e nervos. Porém, para ela ir para um
pais como Inglaterra, Austrália ou Canadá não pareceu interessante. 'Eu já
estava em Londres por dois anos. Agora, no entanto, eu queria aceitar um
desafio novo, uma língua que eu não sabia, nenhuma palavra além de 'Prost!',
mas da qual eu já ouvi que seja difícil de aprender', ela conta escrevendo
vocabulário num caderno deitado em frente dela.
No caso da Marcia, o amor à língua
foi provocado pelo amor para um homem, quer dizer, um alemão. Ele estava
aprendendo português aqui em Porto Alegre por um ano, voltou para Alemanha. Um
pouco mais tarde, ela seguiu. 'A minha mãe fala 'Hunsrückisch', um dialeto de
alemão. Mas até o encontro com o Peter eu nunca estava pensando sobre aprender
aquela língua, nem morar lá um dia', ela se lembra. Então, de um dia para um
outro essa mentalidade se alterou e ela, nesse momento da vida apenas com
vinte três anos de idade, ficou mais do que quinze anos lá no pais do Goethe e
Schiller. Embora o relacionamento não continuasse, o amor pela língua alemã
ficou. 'Agora eu não tenho vontade de viajar pela Alemanha ou viver lá de novo.
Mas a língua mesma ainda faz parte da minha vida e isso nunca mudará', ela
explica, está sentada no sofá, ao lado desse um calendário da cidade, onde ela
morava anteriormente, Heidelberg.
Três pessoas, três estímulos
diferentes para aprender uma outra língua para além de inglês, ou seja,
simplesmente por causa da utilidade. Por um lado, a descendência, por outro lado
um desafio novo e para uma outra pessoa é o amor: os motivos de aprender uma
outra língua parecem tão diferentes como as marcas de iogurte no supermercado.
E ficando com essa imagem, também cada pessoa tem gosto de um outro idioma,
aqui só mostrado exemplarmente com o alemão. Contudo, como todas essas
histórias contam, o conhecimento de uma outra língua abre uma janela para um
mundo novo, cheio dos hábitos estranhos, seja a comida, a maneira de saudação
ou de tomar um banho, seja o trânsito ou a interpretação da amizade e do amor.
Resumindo, esse esforço parece valer a pena, além de outras utilidades como um
ponto a favor no seu currículo.
Em resumo, esse professor explica
bem o que ele pensa é importante sobre aprender outros idiomas: 'Vivemos em uma sociedade globalizada onde aprender uma segunda língua é
vital. Quando estudamos um outro idioma, não apenas nos oferece uma boa
oportunidade para o mercado de trabalho, mas também aprendemos o significado de
cultura. Conhecer uma outra língua, leva-nos a compreender um outro estilo de
vida e desta maneira passamos a entender melhor o modo de ser e pensar de
outros povos. Portanto, acredite nesta nova realidade, visto que ser professor
é também estar aberto a outros conhecimentos distintos de seu componente curricular.'
Bibliografia:
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