Aluno 80
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É sem causa ou motivo nossa pequena experiência com a vida. Nós tentamos achar razões ou quaisquer similares que nos deem um objetivo. Um só. Entretanto, Qualquer um que tenha mais conhecimento sobre isso, seja ser de outro planeta ou entidade religiosa, parece gostar do suspense. Eu, particularmente, não tenho mínima noção se estou aqui para um bem maior ou se sou somente um organismo que compreende e assemelha fatos. Sinceramente, não me importa. Possuo somente um objetivo.
Peço, Leitor, que não me tome por ignorante ou um alienado à vida como o primeiro parágrafo demonstra, o que quero dizer nele é que sou uma pessoa intencionada ao lado racional em minha vida pessoal, sei meu papel como ser humano e cuido meus sentimentos ao máximo. Dessa forma, sempre presto atenção em meus passos e olho situações que estou por fora. Não se engane, não sou um robô, meu lado sentimental é extremamente forte e talvez seja por isso que penso assim hoje. Devo tudo isso para algumas horas onde a sombra do Corvo no Busto de Palas parecia pairar sobre mim, em um daqueles momentos quando nossos olhos dão de cara com um labirinto infantil e o organismo da compreensão anseia por achar uma saída deste, pois estamos agoniados no meio dele. No meu caso, os labirintos das brigas de família, das amizades perdidas e, principalmente, o da incompreensível morte.
Sob essa ótica, tento deixar meus sentimentos e minha razão lado a lado, pois ambos ambicionam uma coisa: felicidade. Sim, o bem mais desejado do mundo e que poucos sabem que possuem, pois a maioria não percebe que somos felizes quando temos bons momentos. Este fato é o que mais me liga nas coisas mais importantes na minha vida: minhas amizades, minha família e o bem das pessoas em geral. Utópico? Sim. Clichê? Com certeza. Contudo, é o que eu tento fazer todos os dias, a felicidade dessas pessoas me alegre.
Tendo isso em mente, volto a ressaltar meus sentimentos, posso tentar ser extremamente controlador com minha vida e escolhas, todavia meu sentir sobre tudo em volta de mim acaba tomando conta do meu eu. Dessa forma, meu interesse acadêmico acaba ultrapassando a literatura e vai até ao cinema, pois olhar uma película é uma sensação tão indescritível quanto imaginar os cenários de um livro. Assim, possuo um enorme interesse nesta carreira também, algo que me levou a perceber o que quero para a minha vida: impressionar pessoas. De forma artística como cineasta ou escritor, ou de forma mais precisa, como professor. Afinal, posso ser sem causa ou motivo, mas quero ter efeito e razão.
Por fim, Leitor, você deve ter percebido, eu fiz um contradição, comecei falando em fatos racionais e terminei em momentos totalmente emotivos. Todavia escrevi o texto como uma balança que foi de um lado para o outro. Mas, afinal, acho que minha vida vai ser assim.
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