Aluno 80
1 Versão
Sim, a resenha é para amanhã, permaneço encarando a tela do computador, um pouco aflito. Olho para o relógio: meia noite, preciso acordar às cinco da manhã. Tenho ideias, elas, rapidamente, passam pela minha cabeça, só que achar uma frase para começar o texto é uma dúvida mortal. Relógio: meia noite e cinco. Meu coração dispara. Assim, inconscientemente, uma jornada parece começar. Devido à procura de uma catarse para o nervosismo, a mão direita, antes apoiada no teclado, vai com o dedo indicador esticado ao encontro da boca. O dedo se ajeita por entre os lábios, enquanto os dentes sentem mais uma intrusa em seu lar: a unha. Esta se posiciona no espaço no meio dos arcos dentários e espera a mandíbula se fechar. Com isso, ocorre o agravante: ao raspar os dentes, a unha se “quebra”. AH, O PECADO! Este ato que me traz tanto alívio quanto a tensão é tão condenado socialmente que de início até hesitava, entretanto, a agonia diária me consumiu. Dessa forma, o mesmo processo acaba finalizando com os outros quatro dedos. Relógio: meia noite e doze. A mão esquerda vem à boca.
Nenhum comentário:
Postar um comentário