Aluno 104
Reescrita
O
objetivo deste trabalho é esclarecer porque às vezes o tempo parece passar
muito rápido e outras ele parece se alongar demasiadamente. E também, buscar
esclarecer as diferentes percepções de tempo, que o cérebro realiza nas
diferentes situações do cotidiano, através da análise de pesquisas realizadas
neste campo.
É
comum que aconteça que às vezes a mesma quantia de tempo parece passar mais
rápida ou mais devagar, dependendo do estado emocional do indivíduo em
determinada da situação.
Desta
forma, a hipótese do presente trabalho é de que em situações agradáveis o tempo
passa mais rápido porque o indivíduo se sente confortável e gosta de estar
presente naquele momento; enquanto, em situações adversas, o tempo demora
porque o indivíduo não se sente confortável e quer se ver livre dela o quanto
antes.
O
tempo para um indivíduo durante uma festa com amigos parece passar muito mais
rápido do que a mesma proporção de tempo em uma sala de aula assistindo a aula
de uma matéria desagradável. O professor William Gomes, do Instituto de
Psicologia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) afirma que: “[o tempo] é a medida dos nossos
julgamentos. O seu tempo psicológico não corresponde ao cronológico. Ele
corresponde ao estado momentâneo de sua consciência”.
Isso
ocorre porque a percepção do tempo está relacionada ao estado emocional do
indivíduo, portanto quando ele está feliz o tempo parece voar e quando ele está
triste o tempo demora a passar. O professor
José Lino Oliveira Bueno, da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras da USP
em Ribeirão Preto, referência nos
estudos sobre o tempo, afirma que: “Uma música lenta é associada à tristeza; se
aumentamos o andamento, ela passa a ser percebida como alegre o que indica uma
relação possível entre estado emocional e tempo subjetivo”.
Em
um experimento na Universidade da Califórnia os voluntários deveriam dizer por
quanto tempo eles achavam que um ponto aparecia numa tela. O ponto oscilava de
tamanho aparentando estar se aproximando e se afastando. No primeiro caso, foi
observado que os entrevistados superestimavam o tempo que analisaram a imagem,
em uma análise da atividade cerebral dos voluntários apontou que áreas do
cérebro com relação à excitação e perigo, por isso o tempo aparenta passar mais
devagar, seu cérebro precisará se preparar de alguma forma e buscar recursos
para reagir, o que o fará com que trabalhe mais. Fato que não ocorreu quando a
imagem aparentava se afastar, pois nesse caso foi ativada no cérebro a região
associada à sensação de segurança, já que uma imagem se afastando não causa
sensação de ameaça, aparentando o tempo passar mais rápido.
Na
figura a seguir a primeira coluna de imagens demonstra as áreas ativadas no
cérebro quando o ponto se aproxima e a segunda quando o ponto se afasta:
As
regiões do cérebro com maior ativação estão em amarelo (são mais perceptíveis
na segunda coluna) as regiões foram: insula anterior, córtex anterior, córtex
médio e régio frontal superior. Estas áreas,
especialmente a insula anterior, os gânglios da base, e os giros frontais, têm
sido repetidamente identificadas como envolvidas no processamento de duração.
O tempo por ser algo exato, ainda que não físico, torna
refutável o argumento de que ele pode ser subjetivo para as pessoas, no
entanto, é evidente que o tempo é diretamente relacionado ao estado emocional
do indivíduo no momento da sua percepção. Até porque a todo o momento coisas
estão acontecendo a nossa volta, ou não estão, mas de qualquer maneira nosso
cérebro está funcionando, trabalhando com estímulos que fazem com que ele
perceba mais ou menos coisas e, consequentemente, fazendo com que dependendo do
tanto que o cérebro realiza trabalho o tempo se torne mais, ou menos rápido.
Bibliografia:
http://super.abril.com.br/blogs/como-pessoas-funcionam/por-que-as-vezes-tempo-voa-e-outras-vezes-se-arrasta/
Nenhum comentário:
Postar um comentário