sexta-feira, 1 de julho de 2016

Comentário por 90

Tendo em mente que alguma complicação preveniu a presença da primeira versão neste blog, tratarei da segunda versão exclusivamente.
Comparando com o que foi dito no parecer, tu conseguiu escolher um dentre muitos tópicos e fazer dele a tua coesão textual. Bom trabalho. Essa qualidade do teu texto é mantida até o penúltimo parágrafo, depois do qual ele é enfraquecido porque tu não detalha o teu descobrimento de não se importar com números, e sim com os efeitos nas pessoas. O último parágrafo até provém um “fio da meada” lógico a ser seguido – a indecisão, a oscilação – mas este é cortado abruptamente pela conclusão pouco explicada.

Mas em geral, esse é o único desvio cometido no teu texto. Nele, também é laudável a concretude, com cada evento sendo preenchido por exemplos tangíveis e até engraçados, particularmente no caso do lança-chamas de acetona. Tuas motivações também são justificadas, inicialmente, de maneira satisfatória: talvez pudesse conectá-las de maneira mais regular ao longo do texto, mostrando como a tua curiosidade (inicialmente influenciada pela materialidade das ciências naturais) acaba se transformando num desejo de conhecer aspectos mais característicos das ciências humanas.

Ademais, peço que cuide quanto a algumas incorreções. São elas: o “mau podia” (mal podia), algumas frases que poderiam receber uma vírgula (“Quando os nomes dos colocados começaram a ser chamados, minha mão gelou [...]”), e o efeito desconcertante que a frase “O que torna possível imaginar a minha reação (...)” causa: o que exatamente torna possível isso? Mais tarde, é entendível que a entrada no colégio de Aplicação motiva isso, mas a maneira com que a frase está estruturada deixa o leitor se perguntando sobre a sua motivação, a qual deveria vir antes.

Abraços.

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