sexta-feira, 1 de julho de 2016

“Como funciona a nossa percepção de tempo”

Aluno 104
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Objetivo:
O objetivo deste trabalho é esclarecer porque às vezes o tempo parece passar muito rápido e outras ele parece se alongar demasiadamente. Buscar esclarecer as diferentes percepções de tempo, que o cérebro realiza nas diferentes situações do cotidiano, através da análise de pesquisas realizadas neste campo.
Problema:
A mesma quantia de tempo parece passar mais rápida ou mais devagar, dependendo do estado emocional do indivíduo em determinada da situação.
Hipótese:
Nas situações agradáveis o tempo passa mais rápido porque o indivíduo se sente confortável e gosta de estar presente naquele momento, enquanto em situações adversas o tempo demora porque o indivíduo não se sente confortável e que se ver livre dela o quanto antes.
Argumento:
O tempo para um indivíduo durante uma festa com amigos parece passar muito mais rápido do que a mesma proporção de tempo em uma sala de aula assistindo a aula de uma matéria desagradável. O professor William Gomes, do Instituto de Psicologia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) afirma que: “[o tempo] é a medida dos nossos julgamentos. O seu tempo psicológico não corresponde ao cronológico. Ele corresponde ao estado momentâneo de sua consciência”.
 Isso ocorre porque a percepção do tempo está relacionada ao estado emocional do indivíduo, portanto quando ele está feliz o tempo parece voar e quando ele está triste o tempo demora a passar.  O professor José Lino Oliveira Bueno, da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras da USP em Ribeirão Preto,  referência nos estudos sobre o tempo,  afirma que: “Uma música lenta é associada à tristeza; se aumentamos o andamento, ela passa a ser percebida como alegre o que indica uma relação possível entre estado emocional e tempo subjetivo”.
Em um experimento na Universidade da Califórnia os voluntários deveriam dizer por quanto tempo eles achavam que um ponto aparecia numa tela. O ponto oscilava de tamanho aparentando estar se aproximando e se afastando. No primeiro caso, foi observado que os entrevistados superestimavam o tempo que analisaram a imagem, em uma análise da atividade cerebral dos voluntários apontou que áreas do cérebro com relação à excitação e perigo, por isso o tempo aparenta passar mais devagar, seu cérebro precisará se preparar de alguma forma e buscar recursos para reagir, o que o fará com que trabalhe mais. Fato que não ocorreu quando a imagem aparentava se afastar, pois nesse caso foi ativada no cérebro a região associada à sensação de segurança, já que uma imagem se afastando não causa sensação de ameaça, aparentando o tempo passar mais rápido.
Na figura a seguir a primeira coluna de imagens demonstra as áreas ativadas no cérebro quando o ponto se aproxima e a segunda quando o ponto se afasta:
As regiões do cérebro com maior ativação estão em amarelo (são mais perceptíveis na segunda coluna) as regiões foram: insula anterior, córtex anterior, córtex médio e régio frontal superior. Estas áreas, especialmente a insula anterior, os gânglios da base, e os giros frontais, têm sido repetidamente identificadas como envolvidas no processamento de duração.
Contra-argumento:
O tempo por ser algo exato, ainda que não físico, torna refutável o argumento de que ele pode ser subjetivo para as pessoas, no entanto, é evidente que o tempo é diretamente relacionado ao estado emocional do indivíduo no momento da sua percepção. Até porque a todo o momento coisas estão acontecendo a nossa volta, ou não estão, mas de qualquer maneira nosso cérebro está funcionando, trabalhando com estímulos que fazem com que ele perceba mais ou menos coisas e, consequentemente, fazendo com que dependendo do tanto que o cérebro realiza trabalho o tempo se torne mais, ou menos rápido.



Bibliografia:
http://super.abril.com.br/blogs/como-pessoas-funcionam/por-que-as-vezes-tempo-voa-e-outras-vezes-se-arrasta/

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