Aluno 95
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Natureza Sociohistórica do Tempo
Objetivo: provar que não há dificuldade real para os estudantes em finais de semestre.
Problema: estudantes não entregam trabalhos no prazo porque alegam não ter tempo suficiente para fazê-los.
Hipótese: há muitos trabalhos para serem feitos.
Argumentos:
1. Relatividade de Einstein.
2. Função fática da linguagem.
Contra-argumento: as datas das provas e das entregas trabalhos, em geral, são em final de semestre.
Quem nunca teve um final de semestre atordoante, cheio de trabalhos e provas para fazer? Para alguns, as piores partes do ano são os finais de semestre, onde todos os trabalhos e tarefas parecem acumular-se, quando o tempo parece ínfimo e pouco para completar a enxurrada de atividades que surgem a cada dia.
Mas por que razão os estudantes ficam tão estressados, reclamando tanto da falta de tempo? Por que as tarefas acumulam-se? O tempo realmente diminui de tamanho ou é uma impressão causada pelo espaço-tempo devido ao estresse que aumenta com a proximidade de provas e prazos para entrega dos trabalhos?
De acordo com o renomado físico e criador da teoria da relatividade, Albert Eintes, o espaço-tempo é relativo. Não é preciso ser um físico para constatar que o tempo parece passar mais devagar quando estamos sofrendo e mais rápido em momentos de prazer. Se você enfiar uma agulha debaixo da unha por alguns segundos, horas parecerão passar enquanto a dor não some. Por outro lado, o tempo que ficamos ao lado de uma piscina em um dia quente de sol, relaxando e descansando, passará muito rápido.
Agora, vamos imaginar a mesma situação de um aluno abarrotado de tarefas e provas para estudar em um final de semestre. É um fato marcante que os alunos debatem-se com o acúmulo de tarefas, reclamando das dificuldades entre si, reclamando dos professores que não param de passar mais e mais tarefas. Teoricamente, pela teoria de Einsten, se o tempo passa mais devagar enquanto estamos sofrendo, ou seja, sofrendo pelo acúmulo de tarefas no final de semestre, então o tempo deveria parecer maior e assim sobraria mais tempo para realizar as tarefas. Essa é a lógica da física. Mas por qual motivo os alunos reclamam tanto da falta de tampo? Seria falta de organização?
Não! O motivo real tem a ver com a função fática da linguagem, aquela que cria laços entre as pessoas e os mantêm. Exemplos para esclarecer melhor essa função: contar anedotas que todos conhecem em festas, a fim de quebrar o silêncio constrangedor; perguntas retóricas de “tudo bem?”; e comentários sobre o clima. Assim, os estudantes falam dos problemas de tempo mais como uma forma de aumentar os laços, não como se isso fosse efetivamente um problema sério.
E no que se refere ao fato das provas serem faticamente realizadas no final do semestre, em acúmulo com a entrega dos trabalhos. De fato, existe esse acúmulo de atividades, mas o argumento utilizado pelos alunos carece de força. Falta de tempo não pode ser o argumento utilizado justamente porque eles tiveram muito temo durante o semestre para organizar-se. Além disso, conforme a teoria de Einsten, o tempo deveria aumentar conforme as dificuldades crescem.
Assim, não existe realmente as dificuldades alegadas pelos estudantes em final de semestre. Apenas é uma forma de interação maior dos alunos entre si e com os professores.
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