Aluno 80
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Tema: Tempo
Delimitação do Tema: A natureza socio-histórica do tempo para universitários do primeiro semestre.
Objetivo do texto: Mostrar que os universitários do primeiro semestre são introduzidos de maneira abrupta em tal ensino.
Problema: Sensação de uma falta de tempo generalizada.
Hipótese: Há uma má distribuição de tempo.
Argumentos:
- Novo tipo de distribuição de horário;
- Trabalhos em nível acadêmico;
- Má preparação nas escolas de Ensino Médio.
Contra-argumento:
- Situação da rede de ensino brasileiro.
Artigo de Opinião
Na sociedade capitalista é proposto um modelo de vida social: começando com a educação (básica, fundamental, média e superior), para depois atingir seu ápice na concretização do trabalho. Entretanto, na divisão do Ensino Médio para o Superior existe uma lacuna do colégio para a universidade, em que horários, trabalhos disciplinares e teoria tomam uma complexidade que dificilmente pode ser comparada com algo que aquele indivíduo tenha tido experiência anteriormente.
Com um primeiro olhar, é necessário observar que o público alvo dessa “sensação de falta de tempo” são jovem com idades entre 17-21 anos, recém saídos da escola, onde o ensino é regrado a, somente, um turno do dia e a instituição se responsabiliza por aquele aluno e pelo o que ele aprende. Chegando na faculdade com um turno integral ou diurno, aquele indivíduo se depara com uma grade curricular totalmente diferente da habitual, o que causa estranheza ao aluno novato. Aulas pela manhã, tarde e/ou noite em diferentes ambientes e total independência.
Seguindo essa linha, após ter que se acostumar com os seus horários, o estudante tem que entrar em sua aula e se deparar com um novo método de ensino, em que os professores tem como base teóricos no assunto, os quais usam um léxico muitas vezes complicado e podem elaborar teses um tanto quanto abstratas e de difícil compreensão. Além disso, espera-se do aluno de graduação, independente se do primeiro ou último semestre, um domínio completo de regras de trabalhos acadêmicos: resenhas, ensaios, artigos, apresentações, formatações, entrevistas, pesquisas; tudo deve ser feito em determinado padrão mesmo que aquele aluno nunca tenha tido qualquer contato com o modelo.
Tudo isso nos leva a pensar que o papel da escola não esta sendo cumprido. Os estudantes, que deveriam ser preparados para um outro tipo de ensino, ficam estagnados em algo superficial, antes feito pelo Ensino Fundamental. Esses indivíduos não são introduzidos para o meio acadêmico por ninguém, são jogados lá. Dessa maneira, os alunos acabam ficando pressionados devido a toda estranheza que aquele ambiente o causa. Assim, ministrar o tempo se torna uma dúvida, pois a má distribuição deste com as disciplinas dada, muitas vezes, pela universidade confunde o estudante que está tentando entender a teoria de tal autor passado pelo professor, que, por sua vez, aplica um trabalho desconhecido pelo primeiro, o que faz este ficar tenso e acumular matéria.
Entretanto, como podemos cobrar maior qualidade de ensino das escolas se estas são obrigadas a se preocupar com vestibulares ou (no caso da rede pública) não tem condições financeiras e profissionais de lidar com os alunos? Um dos motivos deste ocorrido é o governo não propor condições para o ensino evoluir, deixando as escolas em tal situação. Portanto, o colégio deve controlar a si mesmo e preparar o aluno para a faculdade, não para o vestibular.
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