quarta-feira, 13 de julho de 2016

Aluno 84
Reescrita


TEMA: Tempo.
DELIMITAÇÃO DO TEMA: A natureza sócio-histórica do tempo.
OBJETIVO: Analisar a influência do fator tempo como responsável pelo atraso da entrega de trabalhos acadêmicos por estudantes do curso de Letras da UFRGS.
PROBLEMA: Estudantes do curso de Letras não entregam trabalhos no prazo estabelecido porque não têm tempo suficiente para fazê-los.
HIPÓTESE: Os estudantes têm dificuldade em cumprir prazos devido ao estado de estresse gerado pela grande demanda de tarefas acadêmicas.
ARGUMENTOS:
1)    Dados concretos: Pesquisa realizada com universitários mostrou que grande parte deles apresentava alto nível de estresse.
2)    Autoridade: Estudos observam que a sobrecarga de tarefas gera um estado de estresse que prejudica o organismo e, por sua vez, o desempenho dos estudantes.
CONTRA-ARGUMENTOS:
1)    Falta de tempo é desculpa de quem não se planeja.
2)    O estudo de qualidade independe da quantidade de horas, mas da maneira como é realizado.




ANÁLISE SOBRE A RELAÇÃO ENTRE O ATRASO NA ENTREGA E A DEMANDA DE TRABALHOS ACADÊMICOS DO CURSO DE LETRAS DA UFRGS

Nos dias atuais, a falta de tempo é um problema comum, constantemente associado à vida das pessoas. Nesse contexto, entregar projetos da universidade é algo que faz parte da rotina de qualquer estudante. Com uma agenda lotada de compromissos, com diversos trabalhos para concluir, disciplinas para estudar e livros para ler, é comum não conseguir terminar algum desses projetos a tempo. Estudantes da graduação de Letras da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, por exemplo, argumentam que o motivo pelo atraso na entrega de trabalhos acadêmicos está ligado à falta de tempo suficiente para fazê-los, tendo em vista a grande demanda de avaliações e leituras exigidas pelo curso.
De fato, o curso concentra alta carga horária semestral. Constata-se que, no primeiro ano de estudos, os calouros de Licenciatura em Letras (Língua Portuguesa e Literaturas de Língua Portuguesa) já se deparam com 54 créditos obrigatórios. Considerando a presença de disciplinas que exigem a leitura de obras completas, como “Leituras Orientadas” e as voltadas para o estudo das Literaturas, o currículo amplia ainda mais a carga de estudos, tanto em sala de aula quanto extraclasse. Nessa rotina, o fator estresse pode ser determinante no desempenho acadêmico.
Uma pesquisa realizada com 192 estudantes universitários de uma Instituição de Ensino Superior da região noroeste do Rio Grande do Sul investigou a relação entre estresse e desempenho acadêmico. O estudo, intitulado “Estresse e desempenho acadêmico em estudantes universitários”, verificou que a maioria da amostra (74%) possuía estresse. Conciliar a rotina acadêmica com os outros afazeres diários, como emprego e tarefas domésticas, é uma situação que expõe os estudantes a demandas e pressões excessivas. Segundo Rios (2006), “a sobrecarga, aliada a fatores externos e em confronto com o perfil interno do indivíduo, produz stress.” (p. 50). Dessa forma, o alto nível de exigências acadêmicas desenvolve um ambiente propício a um estado de estresse, cujos fatores prejudiciais ao organismo do indivíduo são expressos em sinais corporais:

No plano biofisiológico, observa-se em muitos estudos que os indivíduos expostos a episódios de stress apresentam algumas manifestações que explicam as alterações metabólicas no seu todo. As manifestações nervosas em geral surgem na forma de dores de cabeça que aparecem a qualquer hora do dia, irritabilidade, angústia e crises de pânico, vertigens, suores, sensação de frio e de calor, insônias, dores no tórax ou perturbações em nível da sexualidade. (RIOS, 2006, p. 39)

Por outro lado, a dispersão é um grande gatilho da falta de tempo. A tecnologia é hoje uma responsável pelo desperdício de tempo do dia a dia – nesse caso, se torna uma concorrente que disputa e ocupa o tempo que poderia ser destinado aos estudos. Limitar o uso das redes sociais virtuais é importante parar priorizar as demandas da universidade. Além disso, são muitos os fatores que contribuem para que o estudo tenha qualidade – independentemente da quantidade de horas que seja destinada para ele. Os fundamentais são: concentração, método, ambiente e motivação. O planejamento, aliado ao modo adequado de estudar, aumentam o aproveitamento do aluno para a realização das tarefas acadêmicas no prazo. Assim, mesmo sob a pressão do turbilhão de atividades, é preciso se acostumar a planejar antes para executar posteriormente.
O fato é que o estresse é inevitável face às constantes adaptações que se impõem necessárias às pessoas, visto que está presente em situações que exigem capacidade de adaptação da mente e do corpo. O período acadêmico não se constitui exceção, exigindo que o estudante universitário vivencie uma série de mudanças, podendo precipitar o aparecimento de estresse, bem como alterações no seu estado físico. Dessa maneira, o estudante cujo metabolismo esteja afetado pelo estresse, motivado pela grande demanda de atribuições e consequente falta de tempo para executá-las, sofre as consequências desse desequilíbrio, o que pode prejudicar o seu desempenho no cumprimento das tarefas da universidade.


Referências bibliográficas

MONDARDO, Anelise Hauschild; PEDON, Elisangela Aparecida. Estresse e desempenho acadêmico em estudantes universitários. Revista de Ciências Humanas Educação, Frederico Westphalen, n.6, v.6, p.159-180. 2005. Disponível em:
<http://revistas.fw.uri.br/index.php/revistadech/article/view/262> Acesso em: 26 jun. 2016.


RIOS, Olga de Fátima Leite. Níveis de stress e depressão em estudantes universitários. São Paulo, 2006. Disponível em:
<http://www.sapientia.pucsp.br/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=3356> Acesso em: 19 jun. 2016.


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