A intenção poética do autor é, de
fato, interessante, mas não atende à proposta textual em questão, visto que
esta exige o oposto de um texto poético: concretude e objetividade,
principalmente. O leitor, ao se deparar com as abstrações que compõem o texto,
poderá entender pouco ou mesmo não entender do que se trata, e nem com qual
propósito o autor se pôs a discorrer, especialmente se o processo de escrita
resultar em uma produção demasiadamente subjetiva.
Um texto excessivamente subjetivo pode
muito facilmente não ser compreendido como deveria – ou, mais precisamente,
como o autor queria que ele fosse interpretado –, pois sua significação
original só é acessível para o autor e suas concepções pessoais do que escreve
– o que, aliás, é preciso ser evitado nessa proposta de escrita. Além disso, a
unidade temática também pode ser comprometida se o texto não for objetivo, já
que o assunto-eixo em torno do qual o texto foi produzido só está claro para o
autor, e não para o leitor; não para este porque as ideias que constituem o
tema central estão calcadas na perspectiva pessoal e subjetiva do autor.
Por último, o autor precisa rever o
que foi destacado no corpo do texto e, especialmente, as estrutura e forma do
gênero textual a que se propôs escrever. O que se espera para esta tarefa é que
o leitor explicite um fato que lhe trouxe consequências de aprendizado (sejam
elas boas ou ruins), através de um relato em forma de prosa.
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