segunda-feira, 29 de junho de 2015

DNA Charqueadense

Reescrita
Aluno 52


De estatura mediana em sua maioria, postura ruim, aparentando serem mais velhos do que são, gostam de se meter na vida dos outros, frequentemente associados com presidiários e em grande parte funcionários da Gerdau, esses são os Charqueadenses. Eles nascem,  crescem,  constituem família e morrem em grande parte sem nunca deixar a cidade, o que é extremamente contraditório já que não importa onde você for, irá encontrar um representante dessa espécie.
Eles vão ser seus melhores amigos, até você virar as costas: nesse momento, eles vão começar a falar mal de você, pelo simples prazer de serem falsos, mas não os julgue, isso é algo incontrolável, está em seu DNA. Os moradores de Charqueadas se dividem em 4 principais raças. Os moradores da Vila AFP que juram morar na França ou algum outro lugar semelhante. São fúteis em grande parte, os homens sempre competindo entre si para ver quem tem mais posses e as mulheres, sempre tentando diminuir umas as outras com base no ano do carro de seus maridos ou quantas reformas elas estão fazendo em suas casas. Acham que o mundo é deles e, portanto, não aceitam criticas e nem nada que não seja concordar com a noção de que são perfeitos. Temos também os habitantes do centro que não fazem muito além de trabalhar e dedicarem-se a si mesmos e por isso, não incomodam ninguém; mas também, por se manterem nessa rotina pacata, me passam a impressão de não tirar muito proveito da vida. Ao contrário da maioria das cidades, onde os habitantes do centro são ativos e agitados, essas pessoas são muito calmas.  A penúltima raça é uma junção de vários subtipos: estamos falando dos habitantes da Cohab. Esse bairro é responsável por grande parte do que disse anteriormente, são feios, muito feios. Constituem a parte da população que faz os trabalhos braçais, o que acaba fazendo parecer que são mais velhos do que realmente são. Além disso, também são fofoqueiros, eles são os responsáveis por fazer com que a informação circule na cidade. Por último, mas não menos interessante, os presidiários. Estes são a única coisa que a maioria das pessoas de fora enxerga de Charqueadas. Apesar de serem em grande número e estarem constantemente fugindo dos inúmeros presídios que a cidade possui, estes não influenciam em nada a vida da cidade. Em todas as vezes que tive contato com eles, se mostraram muito civilizados, mais que os vizinhos que estacionam o carro em seu portão e ainda ficam brabos quando você pede que retirem-no, talvez pelo fato de a maioria deles não ser Charqueadense.
Após ler tudo isso, você pode deve achar que eu odeio os habitantes dessa cidade, mas não me entenda mal, não é nada disso, a questão é que, na verdade, eu sou um deles e por isso me sinto obrigado a falar mal de meus conterrâneos sempre que tenho a chance. Como disse, está em nosso DNA.

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