segunda-feira, 15 de junho de 2015

Parecer_Aluno47

Aluno 47, teu texto está bom. Entretanto, tem nele alguns detalhes que pode modificar em relação às qualidades discursivas. Em primeiro lugar, gostaria de falar da concretude, a tua produção textual consegue criar imagens e dar o tom que você quer ao texto, por exemplo: a falta de qualidade nas estradas, a sujeira no ônibus, a velocidade que ele anda e a dificuldade de chegar até o banco. Todos esses “movimentos” e objetos estão descritos para além de adjetivos, deixando claro o que tu pensa sobre eles.
Em segundo lugar, eu recomendaria para você repensar a ordem das ideias no texto. Veja, por exemplo, que começa caracterizando o Campus do Vale: raízes, escadas e desníveis, mas, a descrição que se segue não tem relação com esses fatos, pois esse é o percurso pós viagem de ônibus até à UFRGS, certo? Assim, quando o leitor começa por esta parte, ele não sabe direito sobre o que lerá. Talvez, devesse determinar mais o que virá a seguir. Explicitando que, no teu caso, para chegar até lá, percorre-se por uma viagem de ônibus.
Além disso, também seria legal estabelecer mais a tua relação com o objeto descrito. O que eu quero dizer com isso, é que você como narradora, se ausenta da situação e passa a participar da cena como observadora e, se possível dizer, “conselheira”, da personagem. Onde parece que você está dando “dicas” para ela de como se comportar no ônibus. Mas essa personagem, como ela se sente em relação a tudo isso? Parece que ela é uma mera marionete do narrador que está descrevendo como proceder nessas situações. Se a personagem realmente não importa, a relação a ser explicitada é a do narrador com a situação, se ela importa, então pode explorar os laços dela com o ter de pegar o ônibus.
Por último, recomendo rever e se certificar de que a mensagem está chegando ao leitor. Apesar da concretude, há momentos em que sua descrição não está clara, ela fica confusa e não dá pra se ter ideia certa da cena que quer mostrar, por exemplo, no penúltimo parágrafo: “Ou não, pois uma moça pode sentar ao seu lado, droga! Claro, isso acontecerá na cidade dos buracos e curvas, digo Viamão. Uma curva pra lá, um buraco que te faz trocar de lugares com a pessoa ao lado e em poucos minutos torna-as amigas íntimas, sentadas uma no colo da outra.” E a relação dele com o outro parágrafo: por que uma moça sentar ao teu lado impediria de tirar os fones da mochila? E uma moça sentar ao teu lado se dá apenas pelos buracos e curvas? Ela não pode ter escolhido sentar ali? E o que é essa troca de lugares? Ali tem uma confusão pouco explicada. Percebe?
E no final, então, toda essa descrição se passa antes de pegar o ônibus e pode ser evitada? Não é compreensível o que você quer dizer com isso.
Afora isso, cuidado com a formatação. Insira o cabeçalho proposto pela professora.
Boa reescrita!

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