sábado, 6 de junho de 2015

Sem Título

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Aluno 48


Uma das tarefas mais inconvenientes para um ser introvertido é falar de si próprio. Curiosamente, essa é a minha tarefa, e é o que venho a fazer nesse texto. Por mim, eu o terminaria aqui, visto que a vontade de escrever algo sobre mim, para que, no futuro, as pessoas o leiam, é quase nula. No entanto, já que aceitei o desafio, irei prosseguir.
Além da introversão, possuo outras três características que me definem, são elas: a “russificação”, a “gremiozação” e a “idiomazação”. Três palavras estranhas e até inexistentes, sei que parece estranho, porém irei explicá-las, irei começar pela segunda. A característica da “gremiozação” vem desde pequeno, a paixão e o amor pelo Grêmio, e pelo futebol foi aumentando conforme fui envelhecendo, e a tendência é que ainda possa piorar e aumentar ainda mais, sócio do clube desde pequeno, o objetivo, a cada ano, é tentar comparecer a todos os jogos do clube realizados em Porto Alegre, objetivo que ainda não foi alcançado, mas que um dia será.
Para explicar as outras duas, no entanto, terei que voltar para a minha infância, desde pequeno sempre tive muito interesse em geografia, mais especificamente em países e suas culturas, seus idiomas. Aos 7 anos de idade, com o auxílio do computador comecei a estudar espanhol, desde essa idade sabia que havia encontrado uma boa vocação, a de aprender idiomas, por isso a “idiomazação”. Vários anos mais tarde, veio a última característica, que nada mais é do que um adendo à vocação de aprender idiomas, que foi aprender russo. Embora soe estranho e até mesmo inútil o estudo da língua russa para alguns, a oportunidade de conhecer um idioma distinto com um novo alfabeto, uma nova cultura e até mesmo por poder ter visitado o país e sua capital, Moscou, fez com que a “russificação” se grudasse em mim de imediato, tanto que hoje, por tudo isso, me considero um “russólogo”.
Óbvio que um perfil com essas características não se encaixa em um perfil conhecido como “normal”, o que é ótimo, visto que o objetivo é justamente fugir do que é “clichê”, do que é considerado pela sociedade “normal”. Para mim, tudo o que é comum
é sem graça, vazio, e certamente, o que mais busco fugir é de ser alguém “vazio”. Portanto, é possível considerar que embora eu quisesse um texto vazio, o que busco ser é o oposto, de nenhuma maneira vazio, normal, comum.

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