A sua produção conta com o encadeamento de experiências relativas à prática da leitura, descritas sob um bom detalhamento das memórias. Isso é dizer que você atende à peculiaridade de um memorial, que nada mais é que uma compilação de memórias sobre algo, mediante, além disso, de um dissertar concreto e suficientemente objetivo. Percebem-se, portanto, os motivos que levam a autora a discorrer: apresentar-se como leitora, basicamente.
A proposta em questão requeria o tratamento de um ou mais conceitos de leitura, de modo que as percepções da autora quanto ao ato de ler ficassem evidentes; e, todavia, há pouco desenvolvimento dos trechos que se ocupam disso. Note que ao falar do entendimento de Britto (2012) sobre leitura ou do papel que, segundo Rottava (2000), os pais têm na formação de um filho leitor, a autora o faz apressadamente, sem se demorar muito na abordagem dessas ideias. Experimente, portanto, concatenar essas ideias referenciais com as suas próprias de modo mais natural e fluido, em oposição a simplesmente incluí-las. Isso evitará uma fragmentação no que deveria ser uma linearidade temática do texto e, consequentemente, você soará mais coerente e convincente ao se apoiar em referenciais, pois uma correlação entre as ideias poderá ser mais facilmente percebida pelo seu interlocutor.
Além de considerar essas observações, você deve atentar para os aspectos linguísticos e formais de sua composição. Se reler seu texto, identificará alguns problemas de coesão e falta de clareza em alguns trechos, como é o caso do fim do último parágrafo, que está um tanto quanto confuso. Algo com que também se deve ter cuidado é a extensão de períodos: o quinto parágrafo é uma situação-exemplo. Períodos muito extensos, se não cuidadosamente redigidos, podem se tornar confusos e comprometer a fluidez da leitura, pois geralmente encerram ideias muitas vezes desconexas. Talvez fosse bom pensar em uma reformulação do trecho em questão.
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