A sua narrativa se desenvolve sob um tom bastante informal, coisa a partir da qual posso perceber o seu estilo de escrita. Optar por uma abordagem simples e coloquial em um texto não é necessariamente cometer um erro, se essa abordagem estiver a serviço do que estará sendo tratado nele – o que é o caso da sua composição, ao que parece. Tome cuidado, apenas, com as escolhas lexicais que faz, especialmente em se tratando de interjeições, como Merda. Tenha sempre em mente o meio em que seu texto circulará, mesmo que hipoteticamente, bem como o seu público-alvo.
Afora esses apontamentos, devo dizer que, embora simples, a sua produção escrita dá conta de entreter o leitor. Há, por exemplo, concretude no momento em que as cenas são descritas em uma simplicidade que se fazem suficientes para dar ao interlocutor vislumbres quase sensoriais. Isto é, você, enquanto narradora e personagem, faz possível sentir sua apreensão em algumas passagens e também a euforia com que vive o que descreve.
Para a reescrita, portanto, sugiro, e somente sugiro, que você acrescente mais detalhes sobre o que em seu amigo a fazia se sentir tão envolvida. Que você nutria (ou nutre) algo por ele é bastante evidente, mas talvez não por quê. Se considerar a sugestão, talvez você obtenha um grau de credibilidade e verossimilhança ainda maior, pois estará dando ao seu interlocutor ainda mais detalhes para que se estabeleça um processo de análise e reflexão por parte daquele.
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