Aluno 55, teu texto apresenta, inicialmente, um problema com a estrutura da descrição. Que é solucionar um problema. O problema, na verdade, parece não apresentar uma solução, e demora muito para ser apresentado. Demora para o processo de “arrumar a cama” começar. Se não se consegue arrumar a cama ao fim das contas, então, do que vale a descrição se a cama continuará desarrumada?
Além disso, o teu ponto de vista não fica bem claro. O que você quer dizer com essa descrição? Qual a importância dela? Você tem que explicitar essa relação com o processo descrito. E também, nada impede de trazer elementos narrativos para atribuir sentido à descrição, como parte de um contexto maior no qual ela se insere. Desde que prepondere o caráter descritivo do texto.
Quanto à concretude, você pode adjetivar mais o texto para criar uma imagem melhor e mais clara do quadro do processo. Ao que se pode entender do texto, você arruma sua cama apenas com o lençol, e o que acontece quando há cobertas? Você pode explorar detalhes como, a cama de casal ou de solteiro, a cor dos lençóis e do gato e as duras trocas de olhares, usando de recurso de leitura de pensamento, contando, por exemplo, o que você ou o gato estariam pensando. Poderia jogar com o fato do gato atrapalhar a arrumação da cama como uma guerra, dando um tom de briga (veja que o que você definir como tom também é o que define o teu ponto de vista, como você encara esse “jogo” com o gato logo de manhã?), já que no final diz que é apenas uma brincadeira do gato, então como e você trocam duros olhares? São palavras cujo uso faz toda a diferença.
Observe também aspectos de formatação, como entrada de parágrafo e a inserção do cabeçalho proposto pela professora. E cuidado com a conversão dos verbos em substantivos: note que xingar é xingamento, mas miar não é “miaus”, mas miados. “Miaus” seria mais como uma onomatopeia.
Boa reescrita.
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