sábado, 20 de maio de 2017

Como comecei a escrever

Aluno 121
1 versao


Eu comecei a escrever na escola. As primeiras tarefas eram escrever sobre histórias que a professora apresentava. Aos poucos essas tarefas começaram a me interessar, pois exigiam que eu desenvolvesse uma autonomia: tinha que prestar atenção nos enredos, fazer interpretações sobre as personalidades e as relações das personagens e traduzir isso em palavras.  Logo também comecei a gostar de ler os livros selecionados no colégio, principalmente ficção infanto-juvenil, e a partir da empolgação que surgia com a leitura, aumentava o interesse por descobrir palavras novas e conhecer a história dos escritores e os seus processos de escrita, o que dinamizava as possibilidades para compor os textos.
            Como meus pais e meus irmãos mais velhos também cursaram Letras, sempre tive acesso a vários livros em casa. Os que mais me interessavam eram biografias, livros de movimentos artísticos e alguns romances. Naturalmente, Literatura e Língua Portuguesa eram as minhas matérias favoritas no ensino médio, o que me dava um estímulo para escrever as redações do colégio (geralmente dissertações sobre quadros sociais contemporâneos).
            Por gostar muito de música também, eu e alguns amigos liamos várias revistas musicais e por um período escrevemos algumas matérias imitando o estilo dessas revistas. Escrevíamos sobre algumas bandas, primeiro explicando as trajetórias e legados para os possíveis leitores (que na verdade eram apenas professores, amigos e familiares) e por último contando sobre as próximas atividades desses artistas.

            Algumas vezes me senti confortável em escrever textos mais subjetivos, tentando expressar questionamentos e interesses advindos da convivência social, que surgiam principalmente das discussões feitas na sala de aula. Assim, esses textos auxiliavam a organizar e renovar as ideias, dando suporte aos debates no colégio e se servindo deles.

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