Aluno 121
1 versao
Eu comecei a escrever na escola. As primeiras
tarefas eram escrever sobre histórias que a professora apresentava. Aos poucos
essas tarefas começaram a me interessar, pois exigiam que eu desenvolvesse uma
autonomia: tinha que prestar atenção nos enredos, fazer interpretações sobre as
personalidades e as relações das personagens e traduzir isso em palavras. Logo também comecei a gostar de ler os livros
selecionados no colégio, principalmente ficção infanto-juvenil, e a partir da
empolgação que surgia com a leitura, aumentava o interesse por descobrir
palavras novas e conhecer a história dos escritores e os seus processos de
escrita, o que dinamizava as possibilidades para compor os textos.
Como
meus pais e meus irmãos mais velhos também cursaram Letras, sempre tive acesso
a vários livros em casa. Os que mais me interessavam eram biografias, livros de
movimentos artísticos e alguns romances. Naturalmente, Literatura e Língua
Portuguesa eram as minhas matérias favoritas no ensino médio, o que me dava um
estímulo para escrever as redações do colégio (geralmente dissertações sobre
quadros sociais contemporâneos).
Por
gostar muito de música também, eu e alguns amigos liamos várias revistas
musicais e por um período escrevemos algumas matérias imitando o estilo dessas
revistas. Escrevíamos sobre algumas bandas, primeiro explicando as trajetórias
e legados para os possíveis leitores (que na verdade eram apenas professores,
amigos e familiares) e por último contando sobre as próximas atividades desses
artistas.
Algumas
vezes me senti confortável em escrever textos mais subjetivos, tentando
expressar questionamentos e interesses advindos da convivência social, que surgiam
principalmente das discussões feitas na sala de aula. Assim, esses textos
auxiliavam a organizar e renovar as ideias, dando suporte aos debates no
colégio e se servindo deles.
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