sábado, 20 de maio de 2017

Como comecei a escrever

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Aluno 138


Com três anos as letras me foram apresentadas pela escola, e por minha mãe. Com quatro anos apesar de saber escrever apenas meu nome, conseguia ler pequenas histórias, que me eram contadas anteriormente pelos meus pais. Com cinco anos ingressei na pré-escola, onde aprendi a juntar letras para formar mais sílabas além das do meu próprio nome.
Com seis anos cheguei à escola, na primeira série, já muito ansiosa para formar frases completas e poder contar minhas próprias histórias. Em casa, havia muito apoio em forma de leituras aconchegantes antes de dormir.
Com o passar do tempo, escrever passou a ser algo de lazer, além de uma tarefa escolar. As palavras não ditas, guardadas para mim, aos poucos foram se achegando em forma de poesia. Comecei a ler Mario Quintana quando estava na quinta série, me apaixonei pelos versos mesmo que mais da metade não pudesse compreender. Tentava repetir seus versos, contando minha vida para o papel, e mesmo que não fosse e nem chegava perto de ser uma poesia em si, eu expressava tudo que sentia em uma caligrafia terrivelmente mal feita.
Ler passou a ser um passatempo tranquilo e feliz, os recreios, em meio a livros, eram tão bons quanto em meio as brincadeiras. Além de que, eu morava em uma cidade pequena, e apesar da escola em que estudava fosse uma das maiores daquela cidade, a biblioteca não passava de uma sala com umas três estantes. Quando cheguei a idade de frequentar o centro da cidade sozinha, tamanha a felicidade que fiquei quando peguei meu primeiro livro na biblioteca central. Que com toda certeza nem chega perto da central de São Leopoldo (onde moro atualmente), mas que para mim era uma imensidão de livros, a qual eu me sentia tentada a pegar todos para folhear e sentir o aroma de cada um. Muitos são os livros que li mais de uma vez, de tão boas que eram as histórias por eles contadas.
Hoje em dia ler ainda é um passatempo, mas confesso que não são todas as palavras que me agradam, nem todos os romances me cativam, e nem todas as personagens principais me fazem querer seguir com o livro até o final. Mas certamente, quando leio pequenas histórias como na infância, me apresso em termina-las, pois só um leitor para saber o quão agradável é terminar um livro que tanto deseja ler.



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