ALUNO 127
1 VERSAO
Quando
eu era pequeno e frequentava o Jardim A e B, até então ainda existentes no
currículo escolar, fiz uma amiga muito especial. Ela, para sua idade (
aproximadamente 4 ou 5 anos), sabia ler, escrever e contar histórias
habilmente. Lembro-me de aguns desses contos e de como eles mudaram o meu jeito
de ver a literatura em seu todo.
A
partir daí o meu interesse por livros foi crescendo gradualmente e, logo, minha
escrita tornara-se contínua e consistente.
No
decorrer dos anos e no aprofundamento da literatura cotidiana, percebi que isso
por si só não era suficiente. Os contos que escrevia apenas para eu ler e
desfrutar de minha imaginação ficavam cada vez mais difíceis de me satisfazer e
não conseguia entender o porque.
Porém,
no ensino médio, encontrei novos grupos de amigos de grande diversidade, e,
conhecendo a realidade de cada um, tão diferente do meu pequenino mundo em
muitos aspectos, encontrei algo. Alguns deles trabalhavam desde cedo para
ajudar em casa, outros não haviam ganho um único livro até então; outros ainda já
haviam constituído uma família em plena maturidade. Entre esses novos mundos
que se abriam diante de mim, descobri que precisava dar um propósito aos meus
textos, sejam eles contos, crônicas ou qualquer tipo de gênero literário que
escrevo e irei escrever. Que, no ato de escrever, a sociedade tinha de fazer
parte e a realidade criticada, distorcida, invertida, remexida de baixo à cima
ou até mesmo distopicamente recriada, pois
o mundo literário está sempre em plena expansão, assim como a minha
escrita e os valores que a ela atribuo.
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