Aluno 146
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Trazer à
tona a passagem fidedigna de quando tornei-me apto a escrever não é tarefa
fácil, e acredito que para ninguém seja. Mas destacar alguns pontos memoráveis
e que suscitam uma certa nostalgia me auxiliam com certeza à evocar os
acontecimentos desse edificante tempo.
Há uma
lembrança forte de quando eu tinha 4 ou 5 anos, e ainda frequentava o ensino
infantil (creche). Dessa época, recordo que eu me exibia à todos, envaidecido
por já ser capaz de escrever meu nome completo. Peregrinava com o caderno em mãos,
me jactando a quem me questionava à respeito daquela caligrafia torta;
expunha-lhes a nova habilidade que recém havia aprendido. Certamente, nessa
idade foi quando mais escrevi meu nome, no período de 1 ano.
O ato mesmo
do aprendizado de ler e escrever esteve envolvido nesse ambiente pueril. Cada
sílaba, conjunção das letras (b + a = ba), os alicerces do profícuo mundo da
escrita, foram-me exibidos e esclarecidos pelo trabalho docente das professoras
da creche. Destaco a proficiência e candura daquelas mulheres que ensinaram-me
o caminho reto e educado que me esforço a seguir até os dias de hoje.
Destaco essa
etapa da minha vida por ser uma reminiscência forte, que ocasionou uma série de
momentos posteriores, responsáveis por desenvolver minhas habilidades escritas
e que me levaram a descobrir o mundo das letras.
Quando abro
um livro hoje, e imerjo em sua história ficcional ou documental, estou sendo
amparado por todo esforço didático que me abasteci do ensino público,
frequentado em todos os níveis escolares. Não há como negar a qualidade dos
professores de português que tive o prazer de conhecer, todos com suas
peculiaridades na forma de ensinar e explicar a matéria.
Qualquer
tentativa minha de buscar o momento-chave do porquê de gostar da leitura e da
escrita levará também à influência dos filmes e jogos eletrônicos. Lembro de
esboçar alguns textos após ver um filme de gladiadores ou jogar um RPG. Todas
essas mídias me levaram também a tentar criar histórias.
Fazer uma
ponte entre essa imagem de meu nome sendo redigido por mim e a tarefa de
escrever um texto lembrando justamente daquele tempo é um exercício saudosista,
que retransmite a felicidade daquela infância.
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