Sua
abordagem sobre as formas que (não) aprendeu a escrever é muito interessante,
porém, justamente por ser mais de uma forma, há um desvio de tema central. A
princípio me pareceu que a unidade temática do texto seria o fato de você não
ter começado a escrever, mas sim copiar. No entanto, a partir do terceiro
parágrafo, notei a ideia de uso da escrita como sustentação/necessidade.
Essa
duplicidade se deve ao fato de seu texto traçar uma linha do tempo: você
começou copiando as palavras e hoje escreve porque precisa. Destaco que o
interlocutor precisa de um tema que o guie do início ao fim, que acompanhe o
texto, mesmo que ele tenha uma ordem cronológica. Além disso, é preciso dar
atenção à tarefa de descrever “como
aprendi/comecei a escrever”.
Sugiro
que você se questione: “para abordar minha iniciação à escrita, qual será meu
tema central?”, e a partir disso defina quais as informações que são relevantes
a esse tema. Como disse, é muito interessante você abordar o aprendizado da
escrita com a peculiaridade do “não-aprendizado”, que tal destacar isso da
introdução à conclusão? Veja bem, você não precisa deixar de abordar a
necessidade de escrever, mas sim deixar isso claro como tema central, se for a
faceta que quer mostrar.
Você
tem a preocupação de dar dados concretos ao interlocutor e isso é muito bom. No
entanto, note que algumas delas podem gerar confusão. No trecho, na introdução,
“aquela letra emendada, toda agarradinha consigo que escrevia a forma
caligráfica de um pato”, você quis se referir exatamente a quê, na parte
grifada? Isso poderia ficar mais claro ao interlocutor e valeria investir nesse
ponto de vista.
Acredito
que suas abordagens são peculiares e interessantes e, sendo uma delas melhor
desenvolvida como tema central, o texto ficará claro ao interlocutor; dessa
maneira, o leitor/interlocutor poderá visualizar melhor porque você não
aprendeu a escrever, mas teve porque era necessário.
Boa
reescrita!
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