sábado, 20 de maio de 2017

Intérmino aprendizado

Aluno 132
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Entre os 4 e os 5 anos de idade é comum entre as crianças a vontade de aprender a escrever o próprio nome, afinal é assim que somos identificados e montamos uma ideia de ser. Comigo não foi diferente, a tarefa de grafar as nove letras que constituem meu nome foi uma grande vitória no processo de crescimento, pois eu já não era mais somente uma criança com um som, mas sim uma criança com algo escrito no papel e que designava aquilo que eu era em primeira análise.
Com o passar do tempo e com o acúmulo de experiências, o simples fato de saber escrever meu nome era pouco para designar aquilo que eu era. A vontade de transcender os limites mentais de meus pensamentos adolescentes transformaram devaneios em parágrafos, e foi então que aprendi a escrever trechos e textos carregados de sentimentos e de angustias características dos momentos por que passava.
Já com um objetivo em mente e com algumas noções adquiridas de textos mais formais ensinados na escola, me direcionei para um novo desafio escrito que foi o vestibular. Frequentando os chamados cursinhos preparatórios fui moldando minha escrita à receita pronta de redação dissertativa argumentativa. E foi assim que aprendi a escrever minha opinião sobre os mais variados assuntos com um número limitado de linhas e com as palavras certas para demonstrar aquilo que era mais convincente.
Hoje, depois de dois longos anos enquadrada no padrão de redação de vestibular, me sinto mais perto da liberdade criativa de novo. Mesmo com todo o entusiasmo presente na possibilidade da expansão escrita, ainda tenho que aprender a redigir sem me sentir temerosa ou envergonhada daquilo que produzo. Certamente esse será um processo longo de autoconhecimento e de autoconfiança, além de afirmar aquilo que eu já venho constatando ao longo dos anos: escrever nunca será algo findado na minha vida, sempre terei novos modos e novas estratégias para aprender. 

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