Aluno 132
1 Versão
Entre
os 4 e os 5 anos de idade é comum entre as crianças a vontade de aprender a
escrever o próprio nome, afinal é assim que somos identificados e montamos uma
ideia de ser. Comigo não foi diferente, a tarefa de grafar as nove letras que
constituem meu nome foi uma grande vitória no processo de crescimento, pois eu
já não era mais somente uma criança com um som, mas sim uma criança com algo
escrito no papel e que designava aquilo que eu era em primeira análise.
Com
o passar do tempo e com o acúmulo de experiências, o simples fato de saber
escrever meu nome era pouco para designar aquilo que eu era. A vontade de
transcender os limites mentais de meus pensamentos adolescentes transformaram
devaneios em parágrafos, e foi então que aprendi a escrever trechos e textos
carregados de sentimentos e de angustias características dos momentos por que
passava.
Já
com um objetivo em mente e com algumas noções adquiridas de textos mais formais
ensinados na escola, me direcionei para um novo desafio escrito que foi o
vestibular. Frequentando os chamados cursinhos preparatórios fui moldando minha
escrita à receita pronta de redação dissertativa argumentativa. E foi assim que
aprendi a escrever minha opinião sobre os mais variados assuntos com um número
limitado de linhas e com as palavras certas para demonstrar aquilo que era mais
convincente.
Hoje,
depois de dois longos anos enquadrada no padrão de redação de vestibular, me
sinto mais perto da liberdade criativa de novo. Mesmo com todo o entusiasmo
presente na possibilidade da expansão escrita, ainda tenho que aprender a redigir
sem me sentir temerosa ou envergonhada daquilo que produzo. Certamente esse
será um processo longo de autoconhecimento e de autoconfiança, além de afirmar
aquilo que eu já venho constatando ao longo dos anos: escrever nunca será algo
findado na minha vida, sempre terei novos modos e novas estratégias para
aprender.
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