quinta-feira, 19 de junho de 2014

A leitura como processo de decodificação e suas consequências.

1ª Versão
Por Aluno 24 e Aluno 36


Ao decorrer dos anos para nos tornarmos bons leitores fomos treinados para adquirir habilidades que nos permitem reconhecer os traços que diferenciam as letras e que nos proporcionam o entendimento do nosso sistema de escrita.
Como parte desse processo de leitura, como leitores iniciantes, tivemos como experiência o processo de decodificação que nos permitiu, num primeiro momento, elucidar a compreensão da leitura. No texto da autora Lucia Rottava (1998), “A leitura e a escrita na pesquisa e no ensino”, temos um esclarecimento maior de como é esse processo no qual a escritora chama de “botton up”, que remete a ideia de que ler é extrair sentidos (decodificar). Podemos afirmar que, até hoje, esse ideal de leitura é predominante e, tem sido um grande causador do fracasso do leitor, diante de várias leituras. Uma das grandes dificuldades que pode-se perceber é que o leitor não consegue atribuir sentidos ao que se lê, visto que em suas práticas de leitura sempre fora incentivado a extrair e não atribuir sentido a leitura.
Devido a este fato, muitas pessoas, assim como nós, encontram dificuldades de compreensão e reflexão sobre determinados textos. Em seu artigo “A leitura em contexto acadêmico: o processo de construção de sentidos dos alunos de primeiro semestre do curso de letras”, a professora Rottava (2012), aborda o quanto a prevalência do processo de decodificação na leitura prejudica o leitor. Neste artigo, a autora cita Kleppa (2012), para tratar da falta de familiaridade com a leitura em contexto acadêmico, dos integrantes do curso de Biologia. É interessante observar que muito nos identificamos com esses alunos, pois sentimos dificuldades em relação à leitura, devido a pouca familiaridade com termos técnicos, utilizados em meio acadêmico. Segundo Rottava (2012), a leitura é um processo que ainda está em desenvolvimento e a familiaridade com essas práticas sociais não é automática. A autora também cita Silva (2007), neste mesmo artigo, ao afirmar que os alunos no início de graduação precisam de amadurecimento teórico para compreender e para perceber a complexidade dos conceitos, e para fazer analogias e perceber a intertextualidade que perpassa os textos.
Podemos concluir que grande parte das nossas dificuldades de compreensão de leitura advém de uma falta de amadurecimento teórico, juntamente com o ideal de leitura predominante, destacado no início do texto. Não podendo esquecer que, de acordo com Rottava (2012),  as práticas de leitura se diferem, de cada sujeito-leitor, cultural e socialmente das experiências de outros sujeitos. Por esse motivo tratamos neste texto que uma experiência vivenciada por ambas as alunas que aqui vos falam.

Bibliografia:
ROTTAVA, Lucia. A leitura e a escrita na pesquisa e no ensino. Epaço da escola. V. 4, nº27, p.61-68, 1998.

ROTTAVA, Lucia. A leitura em contexto acadêmico: o processo de construção de sentido de alunos do primeiro semestre do curso de letras. Signo. V. 37, nº63, p.160-179, 2012.

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