Para a quarta proposta de escrita é preciso que se
faça um exercício mnemônico a fim de constituir uma narrativa descritiva e
reflexiva sobre sua trajetória como leitora. É preciso que o autor seja
narrador, leitor e revisor ao mesmo tempo. Ao escrever sobre experiência e
formação como leitor, o autor resgata suas memórias, já que a palavra é
responsável pela “presentificação” do passado, remetendo a imagens, coisas,
sensações. A pergunta que deve ser respondida, no final do texto, é a seguinte:
como o autor do texto se constitui como leitor? Com relação ao seu memorial,
algo importante deve ser dito: ele atende praticamente a tudo que foi
mencionado acima.
Começando pelo título “Leitura: Do colorido prazer
à necessidade”, é interessante ver como ele se conecta com o texto: você
apresenta, em um primeiro momento, o olhar da criança, aquele que vê nos livros
cores e que, por meio deles, encontra um mundo de descobertas e de prazer. Minha sugestão para a reescrita seria para
dar mais “cor” a esses momentos. Perceba que seu diário era “rosa”, a
biblioteca era “colorida”, então seria interessante se você conseguisse mostrar
esses momentos de “colorido prazer” com mais detalhes. Posteriormente, seguido
de um avanço temporal, você consegue substituir o olhar de criança por um olhar
de alguém mais maduro (mudança de perspectiva), mostrando a literatura como uma
atividade necessária e sem todas aquelas cores, traçando uma ponte do passado
com o presente assim como a proposta exige.
No terceiro parágrafo, quando você se refere à ida
dos alunos para a biblioteca uma vez por semana a fim de pegar um livro, falta concretude “... podia parecer, às vezes,
uma ordem desnecessária a mente de uma criança, mas geralmente era por mim encarada
com deleite”. Seria interessante explicar por que aquilo era um deleite,
pois mostraria seu ponto de vista sobre o assunto. Quanto aos aspectos formais
da língua, seu texto está muito bem redigido, mostrando um bom domínio da
regra.
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