sábado, 28 de junho de 2014

Parecer_Aluno 1

Há vários episódios de sua vida referentes à leitura relatados no texto, os quais dão consistência à parte do memorial que se encarrega de convencer o interlocutor. Como sugestão, no entanto, a autora poderia intercalar essas experiências com mais conceitos teóricos dos textos disponibilizados ao longo da cadeira. Quando fala sobre o modo como foi introduzida ao mundo da leitura (através dos hábitos familiares), pode, por exemplo, trazer a ideia do culto da leitura como sendo uma prática familiar (ideia trabalhada por Rottava, 2000).
No sétimo parágrafo, parece haver um período que está inacabado, pois a autora inicia uma ideia e aparentemente não a finaliza. Cuidado, inclusive, com a ambiguidade ao fim desse mesmo parágrafo, pois o que sintaxe da última frase sugere é que a autora também modificou o contexto social em que está inserida, e não que o próprio contexto social sofreu uma mudança por si mesmo.
No nono parágrafo, você diz que o jeito como percebia a obra de Paulo Coelho mudou de positivo para negativo, devido às críticas ao autor. Como suas transformações como leitora a fizeram achá-lo ruim, por exemplo? Ou de que forma as críticas influenciaram sua compreensão da obra de Paulo Coelho? Da mesma maneira, seria interessante explicar, no décimo quinto parágrafo, por que ler é adquirir pensamento crítico ou de que forma o pensamento crítico pode decorrer da prática da leitura. Suas concepções sobre essas questões, se impressas no texto, talvez possam dar ainda mais indícios da sua constituição como leitora, uma vez que elas são parte de sua trajetória literária. A proposta deste memorial é, sobretudo, fazer um percurso pelo processo de letramento do autor para que, dessa forma, sua identidade literária se faça perceptível ao interlocutor.

Por fim, sugiro que releia seu texto, para que encontre algumas inadequações referentes aos aspectos formais. Por exemplo, no décimo primeiro parágrafo, há de se rever o modo verbal do verbo “subir”; no penúltimo parágrafo, o modo verbal do verbo “trazer”; no antepenúltimo parágrafo, a ausência de “ao” em “invés”, etc. Algumas vírgulas, além disso, estão empregadas em situações nas quais poderiam ser empregados outros sinais de pontuação mais adequados, como no décimo terceiro parágrafo: o segundo período contém duas orações que não mantêm relação direta de ideia (Nunca me forçaram a ler nada que eu não tivesse interesse, aos poucos comecei a imitá-los). Nesses casos, prefere-se o ponto final, por exemplo. Reveja, também, a ausência de espaço entre os títulos das obras que mencionou e seus respectivos autores. Enfim, reforça-se aqui a importância da releitura de seu próprio texto.

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