Há
vários episódios de sua vida referentes à leitura relatados no texto, os quais
dão consistência à parte do memorial que se encarrega de convencer o
interlocutor. Como sugestão, no entanto, a autora poderia intercalar essas
experiências com mais conceitos teóricos dos textos disponibilizados ao longo
da cadeira. Quando fala sobre o modo como foi introduzida ao mundo da leitura
(através dos hábitos familiares), pode, por exemplo, trazer a ideia do culto da
leitura como sendo uma prática familiar (ideia trabalhada por Rottava, 2000).
No
sétimo parágrafo, parece haver um período que está inacabado, pois a autora
inicia uma ideia e aparentemente não a finaliza. Cuidado, inclusive, com a
ambiguidade ao fim desse mesmo parágrafo, pois o que sintaxe da última frase
sugere é que a autora também modificou o contexto social em que está inserida,
e não que o próprio contexto social sofreu uma mudança por si mesmo.
No
nono parágrafo, você diz que o jeito como percebia a obra de Paulo Coelho mudou
de positivo para negativo, devido às críticas ao autor. Como suas
transformações como leitora a fizeram achá-lo ruim, por exemplo? Ou de que
forma as críticas influenciaram sua compreensão da obra de Paulo Coelho? Da
mesma maneira, seria interessante explicar, no décimo quinto parágrafo, por que
ler é adquirir pensamento crítico ou de que forma o pensamento crítico pode
decorrer da prática da leitura. Suas concepções sobre essas questões, se
impressas no texto, talvez possam dar ainda mais indícios da sua constituição
como leitora, uma vez que elas são parte de sua trajetória literária. A
proposta deste memorial é, sobretudo, fazer um percurso pelo processo de
letramento do autor para que, dessa forma, sua identidade literária se faça
perceptível ao interlocutor.
Por
fim, sugiro que releia seu texto, para que encontre algumas inadequações
referentes aos aspectos formais. Por exemplo, no décimo primeiro parágrafo, há
de se rever o modo verbal do verbo “subir”; no penúltimo parágrafo, o modo
verbal do verbo “trazer”; no antepenúltimo parágrafo, a ausência de “ao” em
“invés”, etc. Algumas vírgulas, além disso, estão empregadas em situações nas
quais poderiam ser empregados outros sinais de pontuação mais adequados, como
no décimo terceiro parágrafo: o segundo período contém duas orações que não
mantêm relação direta de ideia (Nunca me
forçaram a ler nada que eu não tivesse interesse, aos poucos comecei a
imitá-los). Nesses casos, prefere-se o ponto final, por exemplo. Reveja,
também, a ausência de espaço entre os títulos das obras que mencionou e seus
respectivos autores. Enfim, reforça-se aqui a importância da releitura de seu
próprio texto.
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