segunda-feira, 23 de junho de 2014

Família e escola em torno da Leitura

1ª Versão
Por Aluno 5 e Aluno 14



Nos parágrafos seguintes falaremos sobre nossas trajetórias pelo mundo da leitura. Utilizamos como base para construção deste texto as teorias de ROTTAVA(2000) e KLEIMAN (1995). Contaremos experiências que tivemos em casa e na escola durante nosso crescimento e que até hoje influenciam o nosso modo de compreender imagens, palavras e o mundo.
Mesmo sendo de famílias distintas percorremos caminhos semelhantes pela leitura. Desde nossas infâncias, antes mesmo de começarmos a estudar, já tínhamos o apoio e dedicação dos pais que liam em casa para nós. Antes de dormir era certo que seria nos contado algum conto. As histórias eram as clássicas infantis, como ‘’Os três porquinhos’’, ‘’A branca de neve’’, ‘’Peter-Pan’’, ‘’O gato de botas’’, ‘’ A turma do pato Donald’’. Viajávamos pelo mundo dos livros sem sair de casa. Além disso, eles também nos ajudavam a fazer os temas, na compreensão dos enunciados e nas questões que não entendíamos sozinhas. Conforme ROTTAVA (2000), família não deve deixar somente para a escola o papel de despertar, incentivar e motivar a leitura. Grande parte desta reponsabilidade é também dos pais. De fato, o incentivo dos pais foi muito importante para termos o gosto pela leitura desde crianças.
Estudamos em escolas diferentes, mas ambas tinham métodos bons para nos mostrar como ler é maravilhoso. Vale ressaltar, ROTTAVA (2000), onde diz que alfabetização significa apenas ensinar /aprender a ler e escrever, enquanto letramento diz respeito à condição de quem não apenas sabe ler, mas cultiva a leitura e escrita e exerce as práticas sociais que usam a escrita. Nossas escolas não apenas utilizaram o método da alfabetização, mas nos inseriram na sociedade pelo letramento. Algumas atividades que contribuíram para isto foram, por exemplo, a hora do conto, em que os alunos se encontravam na sala de aula e ouviam contos dos professores, ao final disto tinham que formar uma opinião sobre as histórias e debate-las. Também eram feitas atividades como concursos de poesia ligados ao meio ambiente e preservação da natureza; as melhores eram escolhidas para serem expostas pelas ruas da cidade em placas, como uma forma de nos aproximar da leitura e, ao mesmo tempo, aprender a respeitar a natureza. Além do mais, acontecia a feira do livro com uma variedade de livros para todos os gostos e gêneros textuais. Geralmente dava vontade de comprar todas as coleções possíveis, eram muitas opções das quais nos despertavam muito interesse. Sendo assim, nossos pais compravam o que pudessem e às vezes até mais que isso para nos alegrar.
Todas estas atividades em relação à leitura refletiram em nossa aprendizagem. Não foi apenas na aula de português que ela se fez útil, mas em todas as matérias que exigem leitura de algo, sejam números, formas geométricas, histórias em quadrinhos com poucas palavras, dicionários, livros, jornais etc. Fomos crescendo e a leitura continuou fazendo-se presente em nossa vida. O nosso gosto se fez fora da sala de aula também, então nas horas vagas líamos livros de romance, mistério e fantasia, que eram nossos grandes companheiros. Nomes como Sidney Sheldon e J.K. Rowling – dois escritores surpreendentes – fizeram parte do nosso dia-a-dia por meio de seus livros que líamos sem parar.  Quando chegamos ao ensino médio, época em que começa a preparação para o vestibular, ler era essencial para estudar todas as matérias. Usávamos a leitura como nossa aliada para entender desde os problemas de matemática até os poemas de literatura.
 As interações que tivemos com a leitura foram importantes para construção de sentidos que hoje fazemos. De acordo com KLEIMAN (1995), para compreensão de um texto utilizamos um conhecimento prévio: o leitor utiliza na leitura o que ele já sabe, o conhecimento adquirido ao longo da sua vida. Como foi importante a ajuda dos nossos pais antes de ir para escola, foi interessante também o aprendizado na escola para chegar até a universidade. Segundo KLEIMAN (1995), quando o leitor utiliza diversos tipos de conhecimento que interagem entre si, a leitura é considerada um processo interativo.








REFERÊNCIAS:

ROTTAVA, L. A Importância da Leitura na Construção do Conhecimento. Espaços da Escola, Ijuí/RS, v. 35, n. 1, p. 11-16, 2000.

KLEIMAN, A. Texto e Leitor - Aspectos Cognitivos da Leitura. 4º. ed. Campinas, SP : Pontes, 1995.

Nenhum comentário:

Postar um comentário