1ª Versão
Por Aluno 22
Só me lembro que era
sexta-feira, eu estava em casa com minha mãe que havia me acomodado em frente a mesa de jantar,
colocando em minhas mãos um texto, que só pelo modo de segura-lo, tornara notável
a falta de intimidade entre nós. Minha mãe com um ar sério e agressivo, estava
bem ao meu lado em pé dedicada a fazer
com que eu aprendesse a ler, pois eu estava com dificuldades na escola,
e isso era inaceitável para ela.
Ela inicialmente falava a
palavra que eu deveria ser repetida por mim, pausadamente dando ênfase a todas
as sílabas. Logo depois, ela dizia também pausadamente as letras que continham
em cada sílaba e ao final dizia o som que a junção dessas letras produziam na
silaba e por fim ela repetia a palavra normalmente e apontava no texto a mesma
palavra e pedia para eu ler. Era incrível sua dedicação, mais incrível ainda
era o tédio que aquilo me causava, que por diversas vezes me exige um enorme
esforço para não dormir, o que não podia de jeito algum acontecer, pois havia a
necessidade que eu decorasse a minha fala para que o aprendizado se
concretizasse.
Com isso o método de minha
mãe tinha se demonstrado um tanto ineficaz, ou seja, assim que ela acabava, eu
já havia decorado o que ela queria que eu dissese e apenas o fazia, as vezes
até gaguejava, no intuito de dar uma veracidade maior ao aprendizado, e este
até ali era inexistente por sinal. Portanto ao final de todo aquele processo eu
não havia aprendido nada, mas minha mãe se mostrava feliz, pois seu filho havia
decifrado um texto e foi o que eu aprendi durante muito tempo em casa e na
escola a decifrar letras, frases, textos e livros.
Isso se tornaria recorrente
durante quase todo meu contato com a leitura, por que cada vez que acabava uma
leitura poucos professores me perguntavam o que eu havia absorvido daquilo,
sendo essa absorção o supra-sumo de qualquer aprendizado. No entanto hoje como
estudante de letras depois de ter lido os textos, da professora Lucia Rottava,
pude exercer certo domínio sobre este assunto e posso afirmar que o importante
é o que se absorve na leitura o sentido que está empreguinado em cada palavra e
o contexto em que estão inseridas é isso que vai atiçar a vontade do aluno de
querer ter aptidão com a leitura e não uma obrigação acadêmica e social baseada
no aprender por aprender.
Toda criança precisa ouvir
histórias, ser instigada e colocada em contato com o mundo das letras, para que
se familiarizem com elas, e assim busquem a leitura no intuito de eliminar o
interlocutor, isso deveria ser um processo natural, como andar. Infelizmente,
não é o que acontece, pois mesmo naquela época quando era criança eu queria
informação, desejava saber novas histórias, conhecer outras realidades. E por ignorância
ou falta de percepção não atinava que a ferramenta essencial para atingir meu
objetivo era a leitura, essa por sua vez era constantemente colocada diante de
mim de maneira estranha, equivocada e como obrigação através de minha mãe e professores.
Portanto como cobaia e
graças a deus sobrevivente de um sistema de ensino sucateado que ainda perdura
até os dias de hoje, peço a todos os leitores que mudem essa realidade se não
como futuros professores, talvez como pais, irmãos (as) ou amigos. Pois uma
grande parte de pessoas ainda enxergar o ato de ler de maneira errada, e cabe a
nós como futuros professores de letras mudar esse contexto social.Só me lembro que era
sexta-feira, eu estava em casa com minha mãe que havia me acomodado em frente a mesa de jantar,
colocando em minhas mãos um texto, que só pelo modo de segura-lo, tornara notável
a falta de intimidade entre nós. Minha mãe com um ar sério e agressivo, estava
bem ao meu lado em pé dedicada a fazer
com que eu aprendesse a ler, pois eu estava com dificuldades na escola,
e isso era inaceitável para ela.
Ela inicialmente falava a
palavra que eu deveria ser repetida por mim, pausadamente dando ênfase a todas
as sílabas. Logo depois, ela dizia também pausadamente as letras que continham
em cada sílaba e ao final dizia o som que a junção dessas letras produziam na
silaba e por fim ela repetia a palavra normalmente e apontava no texto a mesma
palavra e pedia para eu ler. Era incrível sua dedicação, mais incrível ainda
era o tédio que aquilo me causava, que por diversas vezes me exige um enorme
esforço para não dormir, o que não podia de jeito algum acontecer, pois havia a
necessidade que eu decorasse a minha fala para que o aprendizado se
concretizasse.
Com isso o método de minha
mãe tinha se demonstrado um tanto ineficaz, ou seja, assim que ela acabava, eu
já havia decorado o que ela queria que eu dissesse e apenas o fazia, as vezes
até gaguejava, no intuito de dar uma veracidade maior ao aprendizado, e este
até ali era inexistente por sinal. Portanto ao final de todo aquele processo eu
não havia aprendido nada, mas minha mãe se mostrava feliz, pois seu filho havia
decifrado um texto e foi o que eu aprendi durante muito tempo em casa e na
escola a decifrar letras, frases, textos e livros.
Isso se tornaria recorrente
durante quase todo meu contato com a leitura, por que cada vez que acabava uma
leitura poucos professores me perguntavam o que eu havia absorvido daquilo,
sendo essa absorção o supra-sumo de qualquer aprendizado. No entanto hoje como
estudante de letras depois de ter lido os textos, da professora Lucia Rottava,
pude exercer certo domínio sobre este assunto e posso afirmar que o importante
é o que se absorve na leitura o sentido que está empreguinado em cada palavra e
o contexto em que estão inseridas é isso que vai atiçar a vontade do aluno de
querer ter aptidão com a leitura e não uma obrigação acadêmica e social baseada
no aprender por aprender.
Toda criança precisa ouvir
histórias, ser instigada e colocada em contato com o mundo das letras, para que
se familiarizem com elas, e assim busquem a leitura no intuito de eliminar o
interlocutor, isso deveria ser um processo natural, como andar. Infelizmente,
não é o que acontece, pois mesmo naquela época quando era criança eu queria
informação, desejava saber novas histórias, conhecer outras realidades. E por ignorância
ou falta de percepção não atinava que a ferramenta essencial para atingir meu
objetivo era a leitura, essa por sua vez era constantemente colocada diante de
mim de maneira estranha, equivocada e como obrigação através de minha mãe e professores.
Portanto como cobaia e
graças a deus sobrevivente de um sistema de ensino sucateado que ainda perdura
até os dias de hoje, peço a todos os leitores que mudem essa realidade se não
como futuros professores, talvez como pais, irmãos (as) ou amigos. Pois uma
grande parte de pessoas ainda enxergar o ato de ler de maneira errada, e cabe a
nós como futuros professores de letras mudar esse contexto social.
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