1ª
Versão
Por Aluno 21
Eu nunca estava pensando sobre os países da língua portuguesa
antes. Mas me lembro que, bem no ensino fundamental um colega meu foi para a
Austrália por causa do pai dele precisando trabalhar nesse país no outro lado
do mundo. De um dia para o outro eu encontrei aquele sentimento dentro de mim
querendo viajar também. Eu não queria entender: porque o meu pai não pode
trabalhar na Austrália? Que saco!
Os anos passavam e eu li romances,
entre eles também 'O médico' e 'A papisa Joana', livros mais volumosos porque
as viagens deles precisaram mais espaço. Essas protagonistas corajosas e
curiosas, livres para seguir os sonhos deles que levaram eles a viajar pelo
várias partes do mundo, me inspiravam. Ao outro lado ambas protagonistas, tanto
'O médico' como 'A papisa Joana' foram exemplos de bons humanos, médicos, no
primeiro livro já o título fala sobre a profissão dele, no segundo Joana se
mostra essa capazidade mais tarde, quando ela está no mosteiro.
Eu amava essas protagonistas, sempre
lutando para o bom, sempre tendo uma vida aventurosa e interessante. A minha
vida continuava no dia-a-dia de uma cidade pequena. Nas aulas de alemão eu
gostei escrever composições, as vezes com frases tão longas que nenhuma outra
pessoa além de mim pode mais entender o sentido delas. Que pena! Porque eles
não sabiam entender o que eu queria contar?, eu me perguntei irritada e não
querendo corrigir nada. Essas foram as minhas palavras e perfeito assim!, eu
pensei para mim, bem arrogante na perspectiva de hoje.
Mais alguns anos depois uma amiga
minha me dou um livro se chamou 'Trem nocturno para Lisboa'. Eu li o livro e
encontrei mais um protagonista viajando, seguindo os sentimentos deles, essa
vez um professor interessado num livro de uma mulher que ele salvou da
tentativa de suicídio. Sem pensar, e isso não estava a maneira dele nos outros
casos da vida, ele pulou num trem para Lisboa e seguiu as pistas de um médico
trabalhando no tempo da ditatura e fazendo parte da Resistência. O autor do
'Trem noturno para Lisboa' fala sobre esse lugar, Lisboa, e uma imaginação
cresceu na minha cabeça: as casas pequenas e velhas ladrilhadas com azuleijos,
as ruas apertadas e escuras porque o sol não mais consegue fazer luz nelas, as
navegadores descobrindo o mundo inteiro com as naves deles, sobre quais, para
falar verdade, eu só sabia mais tarde nas aulas de ciência da cultura português
na universidade.
Mas uma outra coisa aconteceu lendo
esse livro tratando de Lisboa. Eu, sem conhecer essa cidade, sabia que eu
queria viajar para Portugal um dia, mais precisamente Lisboa. E assim, com uma
litura que teria sido qualquer outra eu me apaixonei por uma cidade. Uma cidade
com uma história dos navegadores, homens livres, viajantes querendo descobrir
novidades. Com uma língua, para qual eu nunca antes chamei atenção. E alguns
anos depois, ou seja, hoje apenas chamo atenção.
Por isso, se quiser dizer, esse
livro foi a primeira lembrança do mundo português, seguida de um império de
lembranças hoje em dia. E por causa dela importante para o meu caminho seguinte
da vida.
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