segunda-feira, 30 de junho de 2014

Leitura dos viajantes' ou 'Como eu me apaixonei para a Lisboa

1ª Versão
Por Aluno 21



Eu nunca estava pensando sobre os países da língua portuguesa antes. Mas me lembro que, bem no ensino fundamental um colega meu foi para a Austrália por causa do pai dele precisando trabalhar nesse país no outro lado do mundo. De um dia para o outro eu encontrei aquele sentimento dentro de mim querendo viajar também. Eu não queria entender: porque o meu pai não pode trabalhar na Austrália? Que saco!
            Os anos passavam e eu li romances, entre eles também 'O médico' e 'A papisa Joana', livros mais volumosos porque as viagens deles precisaram mais espaço. Essas protagonistas corajosas e curiosas, livres para seguir os sonhos deles que levaram eles a viajar pelo várias partes do mundo, me inspiravam. Ao outro lado ambas protagonistas, tanto 'O médico' como 'A papisa Joana' foram exemplos de bons humanos, médicos, no primeiro livro já o título fala sobre a profissão dele, no segundo Joana se mostra essa capazidade mais tarde, quando ela está no mosteiro.
            Eu amava essas protagonistas, sempre lutando para o bom, sempre tendo uma vida aventurosa e interessante. A minha vida continuava no dia-a-dia de uma cidade pequena. Nas aulas de alemão eu gostei escrever composições, as vezes com frases tão longas que nenhuma outra pessoa além de mim pode mais entender o sentido delas. Que pena! Porque eles não sabiam entender o que eu queria contar?, eu me perguntei irritada e não querendo corrigir nada. Essas foram as minhas palavras e perfeito assim!, eu pensei para mim, bem arrogante na perspectiva de hoje.
            Mais alguns anos depois uma amiga minha me dou um livro se chamou 'Trem nocturno para Lisboa'. Eu li o livro e encontrei mais um protagonista viajando, seguindo os sentimentos deles, essa vez um professor interessado num livro de uma mulher que ele salvou da tentativa de suicídio. Sem pensar, e isso não estava a maneira dele nos outros casos da vida, ele pulou num trem para Lisboa e seguiu as pistas de um médico trabalhando no tempo da ditatura e fazendo parte da Resistência. O autor do 'Trem noturno para Lisboa' fala sobre esse lugar, Lisboa, e uma imaginação cresceu na minha cabeça: as casas pequenas e velhas ladrilhadas com azuleijos, as ruas apertadas e escuras porque o sol não mais consegue fazer luz nelas, as navegadores descobrindo o mundo inteiro com as naves deles, sobre quais, para falar verdade, eu só sabia mais tarde nas aulas de ciência da cultura português na universidade.
            Mas uma outra coisa aconteceu lendo esse livro tratando de Lisboa. Eu, sem conhecer essa cidade, sabia que eu queria viajar para Portugal um dia, mais precisamente Lisboa. E assim, com uma litura que teria sido qualquer outra eu me apaixonei por uma cidade. Uma cidade com uma história dos navegadores, homens livres, viajantes querendo descobrir novidades. Com uma língua, para qual eu nunca antes chamei atenção. E alguns anos depois, ou seja, hoje apenas chamo atenção.
            Por isso, se quiser dizer, esse livro foi a primeira lembrança do mundo português, seguida de um império de lembranças hoje em dia. E por causa dela importante para o meu caminho seguinte da vida.


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