Destinado a menina das estrelas
Estrelas: gostaria de estar cercada por elas nesse momento. Mas não umas quaisquer, as estrelas desse teu céu infinito. Uma caixa, uma formiga, uma ponta de caneta, um céu (des)conhecido. Um texto (o primeiro), como diz no teu parecer, muito “poético” e “concreto”. Não preciso reafirmar a importância desses exemplos pra quem lê teu texto (qualquer um deles), porque, afinal, se tu puseste os exemplos ali, conheces essa necessidade de “aproximação” do leitor (essa construção de parâmetros).
Na tua reescrita tu acrescentaste pouca coisa. Dissolveu uma frase do agora falecido sétimo parágrafo e detalhou-a melhor. Ficou um texto bem extenso (não que isso seja um problema) e que repete bastante a palavra “infinito”, mas, de maneira geral, bem escrito e que provoca reflexão sobre essa questão de o homem ter chegado a lua mas não ter alcançado o céu. O texto também promove alguns momentos engraçados como por exemplo a mini-narradora lançando os braços ao ar para testar a afirmação do pai de que “era impossível alcançar o infinito” e a inevitável conclusão “claro que era”. Outro momento que permite ao leitor fugir de uma reflexão mais séria (que vem sendo feita ao longo do texto) é a tentativa da autora, ainda que frustrada, de definir até onde vai o escuro “bem, (até) o infinito”. Esse tom de frustração ao tentar se expressar é o que atribui graça e descontração àquele período. Ainda relativo a tentativa de definição da imensidão do escuro: uma “jogada” fantástica foi a alusão à matemática na expressão “um escuro a mais” ao lado da expressão “um numero a mais”.
Enfim, acompanhar teu texto foi muito prazeroso.
Clique aqui para ver
a reescrita dos textos comentados.
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