segunda-feira, 2 de junho de 2014

Como pular amarelinha

Reescrita
Por Aluno 5


            Eu amava pular amarelinha quando era criança. Eu ficava horas e horas brincando disso na rua, até o momento em que minha mãe chegava em casa e me mandava entrar. Triste, voltava para casa e ansiava o próximo dia, no qual jogava amarelinha de novo.
            Antes de jogar eu desenhava quadrados no chão e escrevia números de um até dez dentro deles. Por último fazia um retângulo com a palavra céu dentro, e o objetivo do jogo era chegar ali. Todos os meus amigos observavam enquanto eu me direcionava ao início da amarelinha recém-desenhada.
            Na hora de jogar eu pegava uma pedra qualquer e atirava dentro de um dos quadrados. Então, levantava o meu pé – normalmente o esquerdo – e ia pulando com o direito por cima daqueles números que tinha desenhado. Quando me faltava equilíbrio eu abria os braços, o que me ajudava a me manter em pé. A adrenalina de chegar até o céu misturada com o desejo de fazer esse percurso mais rápido que as crianças que ali estavam me deixava feliz. Ao atingir o objetivo do jogo eu fazia do caminho de volta, só que recolhia a pedra com todo o cuidado, pois tinha medo de cair no chão e perder a brincadeira. Assim que chegava ao primeiro quadrado que tinha pisado, colocava o meu pé no chão, satisfeita com a sensação de dever cumprido.
            Eu brincava disso o dia inteiro. Nunca enjoava de desenhar quadrados no chão e ir pulando neles em um pé só. Na hora de ir para casa eu me deitava e dormia. Quando a noite acabava eu me levantava de novo, e brincava de ir ao céu e voltar dele o dia todo.


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