Reescrita
Por Aluno 5
Eu amava pular amarelinha quando era
criança. Eu ficava horas e horas brincando disso na rua, até o momento em que
minha mãe chegava em casa e me mandava entrar. Triste, voltava para casa e
ansiava o próximo dia, no qual jogava amarelinha de novo.
Antes de jogar eu desenhava
quadrados no chão e escrevia números de um até dez dentro deles. Por último
fazia um retângulo com a palavra céu dentro, e o objetivo do jogo era chegar
ali. Todos os meus amigos observavam enquanto eu me direcionava ao início da
amarelinha recém-desenhada.
Na hora de jogar eu pegava uma pedra
qualquer e atirava dentro de um dos quadrados. Então, levantava o meu pé –
normalmente o esquerdo – e ia pulando com o direito por cima daqueles números
que tinha desenhado. Quando me faltava equilíbrio eu abria os braços, o que me
ajudava a me manter em pé. A adrenalina de chegar até o céu misturada com o
desejo de fazer esse percurso mais rápido que as crianças que ali estavam me
deixava feliz. Ao atingir o objetivo do jogo eu fazia do caminho de volta, só
que recolhia a pedra com todo o cuidado, pois tinha medo de cair no chão e
perder a brincadeira. Assim que chegava ao primeiro quadrado que tinha pisado,
colocava o meu pé no chão, satisfeita com a sensação de dever cumprido.
Eu brincava disso o dia inteiro.
Nunca enjoava de desenhar quadrados no chão e ir pulando neles em um pé só. Na
hora de ir para casa eu me deitava e dormia. Quando a noite acabava eu me
levantava de novo, e brincava de ir ao céu e voltar dele
o dia todo.
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