sábado, 3 de junho de 2017

Como comecei a escrever

Aluno 170
Reescrita


Meu primeiro contato com a escrita foi por meio da cópia, eu representava as letras que via, como uma maneira de aprendizado. Conforme o meu desenvolvimento, já me via capaz de reproduzir, em forma de frases em um papel, o que eu enxergava e sentia. Dessa maneira, comecei a ganhar muitos cadernos e blocos de anotações, em que eu registrava os acontecimentos mais cotidianos possíveis, como o que eu comia no café da manhã ou a roupa que eu colocava para ir até a escola. Isso me deixava entusiasmada com os novos desafios que apareceriam dali por diante. 
Com o tempo, aprendi a criar textos dos mais variados tipos, para distintas situações. O lápis virou o meu melhor amigo, e era mágico ver as palavras se formando com o uso dele. Aliás, esse sentimento de magia persiste até hoje e acredito que ele só tenda a aumentar. Escrever foi a maneira que eu encontrei de me conectar com meu eu interior. 

Tal hábito de escrita se fortaleceu ainda mais depois que adquiri doenças psicológicas, há cerca de quatro anos. Comecei a inventar o meu próprio mundo, paralelo ao real. Não tem erro, na escrita eu posso ser quem eu quiser. Não existem julgamentos e, se eu não me satisfazer com o resultado, eu posso mudar. E mudar de novo. E mais outra vez, quantas vezes eu quiser. Isso se torna tão empolgante na medida que o processo se cria, que não tem mais volta. 
Acredito que todos têm aquele objeto marcante da nossa história, objeto chave de nosso crescimento. Eu tenho guardado o meu primeiro caderno. Às vezes, me pego folheando-o e relembrando todas essas etapas da minha trajetória no campo da escrita. E como me faz bem! É a minha forma de expressão traduzida em sentimento, de acordo com um objeto de memória. 
O que acredito ser mais interessante é o fato de que o hábito de andar sempre com um papel e um lápis ter se fortalecido ainda mais depois que adquiri doenças psicológicas, há cerca de quatro anos. Lá, comecei a inventar o meu próprio mundo, paralelo ao real. Não tem erro, na escrita eu posso ser quem eu quiser. Não existem julgamentos e, se eu não me satisfizer com o resultado, eu posso mudar. E mudar de novo. E mais outra vez, quantas vezes eu quiser. Isso se torna tão empolgante uma vez que o processo se cria, que não tem mais volta. 
E como eu consigo produzir tantos registros escritos? A resposta para esta pergunta é bem simples: eu escrevo. Tudo. Agora, assim como quinze anos atrás, sigo sempre com um bloco de anotações na minha bolsa, em busca de novas descobertas e ampliando meu conhecimento. Na medida em que estes blocos vão terminando, eu os guardo junto daquele meu primeiro caderno, formando o que tenho de mais precioso, único e íntimo: a escrita.





                                                                                               

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