1 Versão
ALuno 178
Leminsky, um poeta de vanguarda da década de setenta, disse: “Aos dezessete anos todo
mundo é poeta, junto com as espinhas da cara, todo mundo faz poesia.” e foi
justamente com quinze anos que comecei a escrever, escrever por necessidade de
externar o que eu pensava sem que precisasse de alguém para me ouvir. Nunca
escrevi, por livre e espontânea vontade, para alguém ler. Sempre percebi a
escrita - e a leitura -, como um ato puramente interno, quando o ser encontra a
explicação, ou a pergunta que se necessita. O prazer que eu sinto lendo um bom
livro, um poema intenso, me impulsionou muito para começar a redigir ideias
originais.
No
primeiro ano do ensino médio eu e meus amigos começamos a escrever e
compartilhar nossas poesias, contos, e, assim como Carlos Drummond de Andrade
menciona em seu texto “Como comecei a escrever”, pude trocar experiências,
ideias e, principalmente, críticas que fizeram minha escrita amadurecer. Durante
a escola eu precisei escrever de uma forma pouco original para receber uma “boa
nota”. Era-me ensinada uma fórmula, um estilo de escrita que não permitia
experimentações.
Ainda
estou aprendendo a escrever, não tenho um estilo, continuo pensando textos,
como esse que estou escrevendo, de uma forma automática. Porém, antes de um
estilo, ou originalidade, busco me expressar e colocar, em palavras, exatamente
o que quero passar. Mesmo que demore décadas, se um dia ler algo que escrevi e
perceber que consegui transmitir o que estava sentindo em palavras, me
realizarei.
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