sábado, 3 de junho de 2017

Como minha percepção de mundo foi transformada pela escrita (ou como comecei a escrever)

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ALuno 178


Leminsky, um poeta de vanguarda da década de setenta, disse: “Aos dezessete anos todo mundo é poeta, junto com as espinhas da cara, todo mundo faz poesia.” e foi justamente com quinze anos que comecei a escrever, escrever por necessidade de externar o que eu pensava sem que precisasse de alguém para me ouvir. Nunca escrevi, por livre e espontânea vontade, para alguém ler. Sempre percebi a escrita - e a leitura -, como um ato puramente interno, quando o ser encontra a explicação, ou a pergunta que se necessita. O prazer que eu sinto lendo um bom livro, um poema intenso, me impulsionou muito para começar a redigir ideias originais.
            No primeiro ano do ensino médio eu e meus amigos começamos a escrever e compartilhar nossas poesias, contos, e, assim como Carlos Drummond de Andrade menciona em seu texto “Como comecei a escrever”, pude trocar experiências, ideias e, principalmente, críticas que fizeram minha escrita amadurecer. Durante a escola eu precisei escrever de uma forma pouco original para receber uma “boa nota”. Era-me ensinada uma fórmula, um estilo de escrita que não permitia experimentações.
            Ainda estou aprendendo a escrever, não tenho um estilo, continuo pensando textos, como esse que estou escrevendo, de uma forma automática. Porém, antes de um estilo, ou originalidade, busco me expressar e colocar, em palavras, exatamente o que quero passar. Mesmo que demore décadas, se um dia ler algo que escrevi e perceber que consegui transmitir o que estava sentindo em palavras, me realizarei.

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