Aluno 179
1 Versão
Lembro-me
de relance em estar na sala de estar com suas luzes apagadas e seus móveis fora
do lugar, onde em meio a essa bagunça foi que eu entendi o simples ato de
juntar cada letra até se tornar uma palavra.
Na minha vida a escrita sempre
esteve muito próxima, mesmo de formas indiretas sem exercer a ação da escrita
desde cedo. Gostava por exemplo, de ler poemas e de muitas músicas, das quais
prestava atenção em casa uma de suas melodias e letras. Quando completei 13
anos passei a exercer mais a importante ferramenta da escrita, isso por causa
do violão que havia ganhado depois de muito implorar. A partir daí, juntei as
simples melodias feitas com no máximo três acordes com a vontade de escrever
alguns versos, que aos poucos se tornaram estrofes e que logo podiam ser
chamadas de músicas. Nessa fase
passei a notar o quanto a escrita era necessária para transcrever a nossa alma
em um papel, nos deixando assim tão mais leves quanto um, pois a cada
sentimento exposto era algo tão belo e ameno, havendo sentimentos bons e tristes,
todos escritos em harmonia com o coração.
Lembro-me de uma das perguntas de
quando era criança sobre a palavra “Coração”,
seu cê-cedilha e seu acento dos quais me pareciam algo totalmente diferente logo
depois de grande foram reescritos inúmeras vezes em minhas canções. E então, em
meio à escuridão da sala de estar foi que a vida se iluminou, mostrando-me um
novo mundo com novas palavras para serem descobertas e mais uma vez cantadas.
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