sábado, 3 de junho de 2017

Como comecei/aprendi a escrever

Aluno 179
1 Versão



Lembro-me de relance em estar na sala de estar com suas luzes apagadas e seus móveis fora do lugar, onde em meio a essa bagunça foi que eu entendi o simples ato de juntar cada letra até se tornar uma palavra.
            Na minha vida a escrita sempre esteve muito próxima, mesmo de formas indiretas sem exercer a ação da escrita desde cedo. Gostava por exemplo, de ler poemas e de muitas músicas, das quais prestava atenção em casa uma de suas melodias e letras. Quando completei 13 anos passei a exercer mais a importante ferramenta da escrita, isso por causa do violão que havia ganhado depois de muito implorar. A partir daí, juntei as simples melodias feitas com no máximo três acordes com a vontade de escrever alguns versos, que aos poucos se tornaram estrofes e que logo podiam ser chamadas de músicas.        Nessa fase passei a notar o quanto a escrita era necessária para transcrever a nossa alma em um papel, nos deixando assim tão mais leves quanto um, pois a cada sentimento exposto era algo tão belo e ameno, havendo sentimentos bons e tristes, todos escritos em harmonia com o coração.
            Lembro-me de uma das perguntas de quando era criança sobre a palavra “Coração”, seu cê-cedilha e seu acento dos quais me pareciam algo totalmente diferente logo depois de grande foram reescritos inúmeras vezes em minhas canções. E então, em meio à escuridão da sala de estar foi que a vida se iluminou, mostrando-me um novo mundo com novas palavras para serem descobertas e mais uma vez cantadas.

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