Reescrita
Aluno 178
Aos
meus quatro anos de idade criei uma história sobre dois dragões que brigavam
pelo título de rei em suas terras. Eu não sabia escrever, então pedi para meu
pai redigir a história enquanto eu contava para ele. Assim ele fez. Antes de
ser alfabetizada, já havia feito meu primeiro conto e, também através de meu
pai, já conhecia detalhe por detalhe um livro infanto-juvenil relativamente
grande para uma crinaça. Todos os dias antes de dormir ele lia um pouco para
mim, cada noite ele ficava mais tempo lendo pois eu não queria deixar ele ir, a
história era muito interessante para permanecer abandonada por um dia inteiro. Ilustrei
as folhas que guardavam a minha história com desenhos coloridos e cheios de
personalidade. Meus dragões tiveram dois volumes de existência. A continuação
veio quando eu aprendi a escrever, finalmente os protagonistas de minha
fantasia tiveram a oportunidade de fazer as pazes, o reino dragoniano não
necessitava mais de um rei e todos viviam em paz.
Esse é o poder da escrita, viajar, se apaixonar, sem
precisar passar por essas experiências em sociedade. Posso dizer que muitos
livros que li e contos que escrevi foram aventuras espetaculares vividas por
mim. Como o grandioso Belchior disse: “o meu coração selvagem tem pressa de
viver” e a vida é curta demais para experienciar tudo que ela oferece,
portanto, dragões precisam existir, mesmo que seja no papel.
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