sábado, 3 de junho de 2017

Escrita fantástica

Reescrita
Aluno 178


Aos meus quatro anos de idade criei uma história sobre dois dragões que brigavam pelo título de rei em suas terras. Eu não sabia escrever, então pedi para meu pai redigir a história enquanto eu contava para ele. Assim ele fez. Antes de ser alfabetizada, já havia feito meu primeiro conto e, também através de meu pai, já conhecia detalhe por detalhe um livro infanto-juvenil relativamente grande para uma crinaça. Todos os dias antes de dormir ele lia um pouco para mim, cada noite ele ficava mais tempo lendo pois eu não queria deixar ele ir, a história era muito interessante para permanecer abandonada por um dia inteiro. Ilustrei as folhas que guardavam a minha história com desenhos coloridos e cheios de personalidade. Meus dragões tiveram dois volumes de existência. A continuação veio quando eu aprendi a escrever, finalmente os protagonistas de minha fantasia tiveram a oportunidade de fazer as pazes, o reino dragoniano não necessitava mais de um rei e todos viviam em paz.
            Esse é o poder da escrita, viajar, se apaixonar, sem precisar passar por essas experiências em sociedade. Posso dizer que muitos livros que li e contos que escrevi foram aventuras espetaculares vividas por mim. Como o grandioso Belchior disse: “o meu coração selvagem tem pressa de viver” e a vida é curta demais para experienciar tudo que ela oferece, portanto, dragões precisam existir, mesmo que seja no papel.

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