Aluno 116
Aprendi a escrever logo que aprendi
a ler, isso foi mais ou menos quando eu tinha cinco anos, eu era uma criança
muito curiosa. Sempre que meu pai pegava os gibis da Marvel e Turma da Mônica
para ler eu ia atrás para saber o que ele estava lendo. Como ele viu que eu
queria muito saber das histórias que tinha nos gibis, ele me ensinou a ler. Ele
me ensinou que com as letras “b” e “a” teria o som de “ba” assim como “b com
“e” teria som de “be”, assim ele me ensinou, silaba por silaba.
Lembro que o primeiro gibi que eu li
todo sozinha foi o da Turma da Mônica e como fiquei fascinada com as palavras e
frases. Percebia que uma simples letra mudava a palavra como: sapo mudando uma
letra passaria para saco. Percebi com um tempo lendo que temos que colocar
corretamente as palavras na ordem certa nas frases, pois perderia todo o
sentido da frase. Encantei-me com o português com cinco anos, pois descobri que
uma simples letra ou palavra pode mudar muito.
Os anos passaram e minha paixão pela
leitura foi diminuindo, os livros começaram a ter os mesmos meios e fins como
“SEMPRE O MOCINHO GANHA NO FINAL” e eu queria mudar isso. Eu tomei uma atitude
e comecei a escrever historias da minha vida ou dias que marcaram para mim, mas
não histórias comuns, eu escrevia coisas mirabolantes como no dia que eu caí do
banco da parada e cortei minha cabeça que rendeu seis pontos na minha cabeça.
Com essa “marca na minha vida” criei “o cabelereiro maluco” que era um homem
que tinha o cabelo torto que cortava o cabelo de todo mundo torto para ele não
ser o único “feio” no mundo, na historia que criei eu dizia que o corte que
tenho em minha cabeça foi ele quem causou com a tesoura tentando cortar meu
cabelo torto. Assim foi minha primeira historia.
Escrevi por alguns meses e logo criei
coragem para mostrar para outras pessoas, minhas primeiras “vitimas” foram
minhas primas Camila e Luana, que são um ano mais velha que eu. Elas moravam com
minha avó, pois os pais, meus tios, as abandonaram e assim praticamente me
criei junto com elas. Elas leram minha primeira historia (o cabelereiro maluco)
e gostaram, pois era algo que aconteceu comigo e eu transformei em uma história
legal, logo em seguida pediram para eu dar mais historias como estas para elas
lerem. Combinamos que cada domingo de churrasco que tivesse na casa da nossa
avó, eu levaria uma história diferente para elas lerem. Algumas vezes elas até
pediam para serem incluídas nas histórias e assim foi feito. Cada semana
passava e eu me tornava a “escritora da família” até que então depois de algum
tempo minhas histórias começaram a ficar monótonas e eu parei de escrevê-las.
Desde então, quando tenho tempo,
escrevo coisas sobre o mundo da forma que eu vejo e tento descrever ele ao
máximo. Não só de coisas boas, mas sim de coisas ruins que acontecem comigo,
com alguém próximo ou que eu vejo. Escrevo para aliviar a tensão do dia a dia e
para um dia talvez voltar a mostrar para alguém minhas histórias.
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