quinta-feira, 1 de junho de 2017

Como comecei a escrever

Reescrita
Aluno 176


A vida de um ser humano é marcada por inúmeros momentos, experiências... de alguns nos recordamos claramente, independente do passar dos anos, outros, são deletados de nossas memórias, é natural. Aprender a falar é umas das coisas mais emocionantes e primordiais a uma pessoa, depois disso, aprender a ler, e então, escrever, coisas tão simples e naturais, que muitas vezes não as damos a devida importância, nem lembramos sobre como começamos a executá-las.
            A fala aprendemos com a convivência. A leitura nos instiga para ser aprendida, se apresentando por todos os lados, nos deixando curiosos. Mas e a escrita? Eu diria ser a mais complicada do trio. Cada um vive a sua própria experiência, talvez você não esteja interessado na minha, ou talvez esteja esperando que eu comece a conta-la desde o início desse texto, provavelmente esteja imaginando que é uma história chata, sobre experiências comuns que acontecem a todos quando estão sendo alfabetizados, mas posso dizer que a minha história, apesar de ter passado por essa etapa, apresenta algumas peculiaridades.
            Minha (talvez) peculiar experiência, a qual me fez tomar grande gosto por escrever, aconteceu no ensino fundamental, com a assistência de uma amiga. Estávamos na idade de desejar novos episódios em nossas vidas, a procura de romance, amigos, popularidade. Com isso, acreditávamos que poderíamos ser ótimas escritoras de pequenas narrações que representavam esse sentimento. Isso porquê nesse mesmo período, mantínhamos um caderno de redações na aula de português, e recebíamos alguns elogios pela forma que redigíamo-las, principalmente nos textos romantizados.
            Além disso, nas séries iniciais eu já havia escrito algumas resenhas, muito informais e ingênuas de livros infantis, que me trouxeram também motivação para a escrita. Juntas, então, eu e minha amiga criamos um tumblr, uma espécie de blog, onde postávamos os textos que escrevíamos em conjunto, sempre complementávamos uma a outra buscando dar a cada texto o que achávamos necessário para que fizesse sucesso entre nosso meio social (aí que entra a tal popularidade).
            Seguidamente fazíamos divulgações para nossos amigos, pedíamos para que lessem e dessem suas opiniões, embora as críticas fossem duras de aceitar: “não entendi o que vocês queriam dizer com essa parte”, “não gostei muito, parece que falta alguma coisa” ... adolescentes não aceitam críticas com muita receptividade, como se sabe, fechávamos a cara algumas vezes, mas acabávamos entendendo que não éramos perfeitas escritoras formadas, e que os julgamentos vinham porque pedíamos e precisávamos.
            Confesso que deixei de lado essa minha parte escritora por alguns anos, no ensino médio não era por isso que eu tinha interesse, esse, estava direcionado às festas e me continha somente a escrever resumos e redações exigidas. Contudo, ele não morreu pela escrita, prova disso, é que agora curso Letras, buscando reviver essa parte de mim, trazendo para minha vida não somente a escrita, mas como também o aprendizado de novas línguas, que se tornaram uma paixão.


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