Reescrita
Aluno 176
A vida de um ser humano é
marcada por inúmeros momentos, experiências... de alguns nos recordamos
claramente, independente do passar dos anos, outros, são deletados de nossas
memórias, é natural. Aprender a falar é umas das coisas mais emocionantes e primordiais
a uma pessoa, depois disso, aprender a ler, e então, escrever, coisas tão
simples e naturais, que muitas vezes não as damos a devida importância, nem
lembramos sobre como começamos a executá-las.
A
fala aprendemos com a convivência. A leitura nos instiga para ser aprendida, se
apresentando por todos os lados, nos deixando curiosos. Mas e a escrita? Eu
diria ser a mais complicada do trio. Cada um vive a sua própria experiência,
talvez você não esteja interessado na minha, ou talvez esteja esperando que eu
comece a conta-la desde o início desse texto, provavelmente esteja imaginando
que é uma história chata, sobre experiências comuns que acontecem a todos
quando estão sendo alfabetizados, mas posso dizer que a minha história, apesar
de ter passado por essa etapa, apresenta algumas peculiaridades.
Minha
(talvez) peculiar experiência, a qual me fez tomar grande gosto por escrever,
aconteceu no ensino fundamental, com a assistência de uma amiga. Estávamos na
idade de desejar novos episódios em nossas vidas, a procura de romance, amigos,
popularidade. Com isso, acreditávamos que poderíamos ser ótimas escritoras de
pequenas narrações que representavam esse sentimento. Isso porquê nesse mesmo
período, mantínhamos um caderno de redações na aula de português, e recebíamos
alguns elogios pela forma que redigíamo-las, principalmente nos textos
romantizados.
Além
disso, nas séries iniciais eu já havia escrito algumas resenhas, muito
informais e ingênuas de livros infantis, que me trouxeram também motivação para
a escrita. Juntas, então, eu e minha amiga criamos um tumblr, uma espécie de
blog, onde postávamos os textos que escrevíamos em conjunto, sempre
complementávamos uma a outra buscando dar a cada texto o que achávamos
necessário para que fizesse sucesso entre nosso meio social (aí que entra a tal
popularidade).
Seguidamente
fazíamos divulgações para nossos amigos, pedíamos para que lessem e dessem suas
opiniões, embora as críticas fossem duras de aceitar: “não entendi o que vocês
queriam dizer com essa parte”, “não gostei muito, parece que falta alguma
coisa” ... adolescentes não aceitam críticas com muita receptividade, como se
sabe, fechávamos a cara algumas vezes, mas acabávamos entendendo que não éramos
perfeitas escritoras formadas, e que os julgamentos vinham porque pedíamos e
precisávamos.
Confesso
que deixei de lado essa minha parte escritora por alguns anos, no ensino médio
não era por isso que eu tinha interesse, esse, estava direcionado às festas e
me continha somente a escrever resumos e redações exigidas. Contudo, ele não
morreu pela escrita, prova disso, é que agora curso Letras, buscando reviver
essa parte de mim, trazendo para minha vida não somente a escrita, mas como
também o aprendizado de novas línguas, que se tornaram uma paixão.
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