quinta-feira, 1 de junho de 2017

COMO COMECEI A ESCREVER

Aluno 167
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Meus primeiros contatos com leituras e escritas foram antes mesmo de eu aprender a fazê-los. Sempre gostei de brincar de ler livros, escrever e contar histórias. Isso começou, aproximadamente, aos meus três anos de idade. Lembro-me que várias vezes escrevia histórias ou cartas em formas de rabiscos em papéis e entregava para alguém ler. E, quando a mesma tentava fazer a leitura não conseguia por aquela não ser uma real escrita. Então, pedia-me para ler e eu o fazia com muito gosto. No entanto, isso era apenas uma brincadeira para mim. 
Mais tarde, em torno dos meus cinco anos, comecei – realmente – a aprender a ler e escrever. Em um primeiro momento, isso aconteceu em casa mesmo. Minha irmã mais velha, na época com quatorze anos, dedicava algumas horas do dia para ensinarme a formar sílabas, a compreender os sons das letras e a incrível formação das palavras. Esse processo não foi simples, eu acreditava ser bastante difícil – e era, de fato – o que ela me propunha e, por vezes, entristecia-me e desistia. Porém, as desistências eram curtas porque logo ela voltava e tentava mostrar-me como aquilo podia ser divertido. 
Iniciei minha vida escolar aos seis anos, no primeiro ano do ensino fundamental I. Antes, essa fase era chamada de pré-escola. Recordo-me que criei muitas expectativas com base nas informações que minha irmã havia dito, mas tive uma pequena decepção: nessa fase da escola muito pouco tive contato com a escrita. A professora detinha-se a propor desenhos para colorir e demais atividades lúdicas, sem focalizar a leitura e escrita.   
Nesse ano de pré-escola, minha irmã seguia mostrando-me como escrever e propondo-me exercícios diários. Não sei dizer o momento exato em que aprendi a escrever, mas sei que foi nesse período porque lembro-me perfeitamente de iniciar a primeira série sabendo formar frases simples e com uma familiaridade com as letras.
            A partir do momento em que aprendi a escrever, senti-me totalmente diferente de quem ainda não sabia fazê-lo. Era como se o fato de eu conseguir expressar-me através da escrita me fizesse estar em um mundo completamente diferente do que eu tinha vivido até aquele instante.   

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