quinta-feira, 1 de junho de 2017

Como comecei/aprendi a escrever.

Aluno 184
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Quem nunca quis escrever um livro? Quem nunca quis escrever? Quem que passou pelo ensino médio já não está cansado de escrever textos com fórmula? Dissertação mais dissertação atrás de dissertação. As mesmas pessoas que respondem sim para as duas primeiras perguntas e também sim para a terceira, são as que em algum momento provavelmente já pensaram que não gostavam de escrever ou, pelo menos, eram ruins nisso. Esse formato é restringente demais e não satisfaz quem anseia por produzir algo fora desse padrão. Com isso, muitos acabam recorrendo à ferramenta que têm a mão: o computador. Dessa forma, meios não tão comuns de expressão ganham popularidade: blogs, Tumblr, Wikis e até o Facebook.   
            De muitos se houve o relato que eles escrevem para si próprios, em seus computadores ou talvez em seus diários (um caderninho especialmente para textos próprios, quando muito engajados). Não sou diferente. O computador, em boa parte dos casos, é o melhor companheiro para se dialogar nesse sentido. Além da internet, que abriu portas que antes, se como Carlos Drummond, a pessoa não tivesse um grupo de amigos escritores que se ajudavam mutuamente, estariam eternamente fechadas. Esses textos que se perdiam no meio de inúmeros documentos salvos com nomes aleatórios (por pura preguiça) agora alcançam um público disposto a lê-los. Um público que também se encaixa nesse perfil; nessa relação com sua própria produção textual. Um texto que não seria lido por outros olhos a não ser os do próprio autor, são "reblogados" milhares de vezes, atingindo até outros países.
            Escrever é um processo muito introspectivo. Expositivo também. Poder fazer isso através de um perfil com um nome que não o seja o seu, protegido por uma foto que nao é a sua, esse espaço se torna ao mesmo um abrigo e um palco. Quem nunca teve vergonha de mostrar um texto para um amigo? Da mesma forma acontece com outras milhares de pessoas que compartilham seus textos online. Assim, um texto que, antes dessa ferramenta ser utilizada assim, ficaria guardado em uma gaveta escura, dentro de um caderno fechado esperando mofar. Hoje esse mesmo texto consegue atingir pessoas que você nunca irá nem saber o nome, em completo anonimato. É um artíficio único e maravilhoso do qual se utilizam pessoas que não querem de fato ter seus pensamentos compartilhados como seus. Começar a escrever assim é tão natural quanto andar para frente. Espero, que um dia todos esses consigam se mostrar em sua produção. Até lá, boa sorte com seus "followers".

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